Vários países, como Alemanha e Espanha, querem uma redução destes valores
A União Europeia vai manter, para já, as tarifas anunciadas em junho para a importação de carros elétricos chineses apesar da pressão das marcas para a redução das mesmas.
Citado pelo Financial Times, Olof Gill, porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio e Agricultura, afirmou esta quinta-feira que a instituição tinha recusado ofertas de várias marcas chinesas para a redução das tarifas, mas que o bloco se mantinha “aberto a uma solução negociada”.
“A nossa análise centrou-se na questão de saber se as propostas eliminariam os efeitos prejudiciais das subvenções e se poderiam ser efetivamente controladas e aplicadas. A Comissão concluiu que nenhuma das ofertas cumpria estes requisitos”, disse Gill.
A Comissão Europeia decidiu aplicar tarifas de 48% sobre os veículos elétricos chineses. Aos maiores fabricantes, como a Geely e a BYD, será ainda aplicada uma taxa individual adicional entre 17 a 20%. Aos fabricantes europeus que produzam automóveis na China, como a Mercedes e a Renault, será também imposta uma tarifa mais reduzida, de 21%.
Os Estados-membros da União Europeia vão votar sobre as tarifas no final de outubro, refere o jornal britânico.
Vários países, como Alemanha e Espanha, querem uma redução destes valores. O primeiro-ministro Pedro Sánchez pediu mesmo esta quarta-feira para a Comissão “reconsiderar” a sua posição.
Para a semana, em Bruxelas, está agendada uma reunião entre o Comissário Europeu para o Comércio, Valdis Dombrovskis, e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao.