União Europeia vai manter tarifas sobre carros elétricos chineses apesar de pressão das marcas

12 set, 18:34
BYD (Associated Press)

Vários países, como Alemanha e Espanha, querem uma redução destes valores

A União Europeia vai manter, para já, as tarifas anunciadas em junho para a importação de carros elétricos chineses apesar da pressão das marcas para a redução das mesmas.

Citado pelo Financial Times, Olof Gill, porta-voz da Comissão Europeia para o Comércio e Agricultura, afirmou esta quinta-feira que a instituição tinha recusado ofertas de várias marcas chinesas para a redução das tarifas, mas que o bloco se mantinha “aberto a uma solução negociada”.

“A nossa análise centrou-se na questão de saber se as propostas eliminariam os efeitos prejudiciais das subvenções e se poderiam ser efetivamente controladas e aplicadas. A Comissão concluiu que nenhuma das ofertas cumpria estes requisitos”, disse Gill.

A Comissão Europeia decidiu aplicar tarifas de 48% sobre os veículos elétricos chineses. Aos maiores fabricantes, como a Geely e a BYD, será ainda aplicada uma taxa individual adicional entre 17 a 20%. Aos fabricantes europeus que produzam automóveis na China, como a Mercedes e a Renault, será também imposta uma tarifa mais reduzida, de 21%.

Os Estados-membros da União Europeia vão votar sobre as tarifas no final de outubro, refere o jornal britânico.

Vários países, como Alemanha e Espanha, querem uma redução destes valores. O primeiro-ministro Pedro Sánchez pediu mesmo esta quarta-feira para a Comissão “reconsiderar” a sua posição.

Para a semana, em Bruxelas, está agendada uma reunião entre o Comissário Europeu para o Comércio, Valdis Dombrovskis, e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao.

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