Vendas de carros elétricos no país bateram um recorde no ano passado, mas não foi o suficiente para atingir os objetivos impostos, que são ainda mais "insustentáveis" para 2025
Longe de vender tantos carros elétricos como gostaria, o Reino Unido está à procura de soluções para reverter a situação e uma delas passa por novos subsídios para a compra destes veículos através de empréstimos ao consumidor.
De acordo com o Financial Times, nesta quarta-feira, o governo já iniciou negociações com o setor do financiamento automóvel sobre a possibilidade de conceder mais empréstimos com juros baixos ou mesmo sem juros para motivar os consumidores a adquirir carros elétricos. Segundo o jornal, que cita dados oficiais, estes empréstimos poderiam ajudar a aproximar o custo de aquisição dos veículos elétricos, que é mais alto, aos equivalentes a gasóleo ou a gasolina.
A medida será vista com bons olhos no seio do setor automóvel, que tem vindo a alertar para as difíceis condições do mercado. Isto porque os carros elétricos têm sido especialmente afetados pelo abrandamento das vendas em todo o setor, já que exigem um maior investimento. Para além disso, o governo britânico impôs metas para a indústria, que estabelecia quotas de vendas de 22% em 2024.
As vendas ficaram, contudo, aquém, sendo que apenas foram atingidas 19,6%, com cerca 382 mil elétricos vendidos. Ainda assim, os fabricantes automóveis venderam um número recorde de carros elétricos no país no ano passado, não lhes tendo sido aplicada qualquer multa por não terem atingido os objetivos. Para 2025, a meta encontra-se nos 28% de vendas, com o setor a denunciar objetivos "insustentáveis".
Os anteriores regimes de subvenção para carros elétricos viram o seu fim em 2022 pela mão do anterior executivo. A decisão foi controversa e deixou o Reino Unido como o único grande país europeu sem quaisquer incentivos para a aquisição de automóveis elétricos.
