Selecionador de Omã critica o facto do Qatar ter o dobro dos dias de descanso entre jogos, em comparação com a sua seleção
Carlos Queiroz, atual selecionador de Omã, afirmou que o formato do play-off asiático de acesso ao próximo Campeonato do Mundo é injusto para a seleção que orienta.
Em causa está o facto de Omã jogar frente ao Qatar, a 8 de outubro, e depois contra os Emirados Árabes Unidos, a 11 de outubro, enquanto que o Qatar só vai defrontar os Emirados Árabes Unidos a 14 de outubro.
«Temos dois jogos em três dias e o Qatar tem seis dias de intervalo. Se o cenário é este, eu não tenho mais comentários. É melhor falar com as pessoas que têm a responsabilidade de decidir. Tenho 40 anos de futebol e não me parece que isto seja fair-play», afirmou Carlos Queiroz, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro contra o Qatar.
«Somos nós contra tudo e todos. Quando o Qatar jogar contra os Emirados Árabes Unidos, saberá o resultado que tem de fazer. Mas, mais uma vez, obrigado, porque isso ajuda-nos a estar mais focados, mais concentrados, mais fortes, mais rápidos.»
O treinador deixou ainda uma provocação ao Qatar, que orientou entre fevereiro e dezembro de 2023, mas que será adversário, esta quarta-feira, a contar para a primeira jornada do play-off asiático.
«Estou certo de que se fosse treinador do Qatar, o Qatar já estaria qualificado e amanhã Omã jogaria contra um outro adversário.»
Carlos Queiroz procura tornar-se no único treinador na história do futebol a conseguir cinco qualificações para Mundiais, depois de ter alcançado o feito com a África do Sul em 2002, Portugal em 2010 e Irão em 2014 e 2018.