Canoagem: Francisca Laia suspensa por quatro anos por uso de doping

19 jun, 12:18
Francisca Laia (FOTO: Facebook)

Canoísta olímpica foi punida depois de ter testado positivo a uma substância proibida no verão de 2024

A Agência Internacional de Testes (ITA) anunciou esta quinta-feira que a canoísta, e médica, Francisca Laia aceitou uma suspensão de quatro anos (até 2029) por violação às regras antidoping. A portuguesa, medalhada nos Mundiais de Samarcanda 2024, testou positivo para um metabólico da desidroclorometil-testosterona (DHCMT), um esteroide anabólico proibido.

O teste positivo foi detetado num controlo realizado a 25 de agosto de 2024, durante os Mundiais de distâncias não olímpicas no Uzbequistão. Laia tinha conquistado duas medalhas naquela prova - prata no K2 200m (com Teresa Portela) e bronze no K4 500m misto (ao lado de Teresa Portela, Fernando Pimenta e Messias Baptista), mas esses resultados foram anulados devido à infração.

«Na sequência do processo de gestão de resultados, a atleta não contestou o seu ADRV e concordou com as consequências aplicáveis, nomeadamente um período de inelegibilidade de quatro anos a partir de 30 de maio de 2025 até 29 de maio de 2029, a desqualificação dos seus resultados competitivos a partir de 25 de agosto de 2024 e a desqualificação dos seus resultados individuais no Campeonato do Mundo de Canoagem Sprint da ICF de 2024. Por conseguinte, o caso foi resolvido através de uma aceitação das consequências», pode ler-se num comunicado da ITA.

A ITA, que gere o programa antidoping da Federação Internacional de Canoagem (ICF), revelou que a atleta não contestou as acusações, levando à suspensão automática. A pena, que começou a contar a 30 de maio de 2025, afasta-a das competições até 29 de maio de 2029, comprometendo a sua presença nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

O DHCMT, conhecido como «esteroide eterno» por permanecer detetável no organismo durante anos, é um androgénio sintético que aumenta massa muscular e resistência. A sua utilização é proibida pela Agência Mundial Antidoping (AMA) desde 1980.

A decisão da ITA pode ser ainda sujeita a recurso na Divisão de Apelo do Tribunal Arbitral do Desporto.

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