Espera para consultas e cirurgias de doentes cardíacos e com cancros aumenta

12 dez 2022, 07:43
Cancro (REUTERS)

REVISTA DE IMPRENSA Incumprimento dos prazos máximos de espera para consultas e cirurgias é maior na oncologia e na cardiologia, as doenças que mais matam em Portugal

Os tempos máximos de espera previstos na lei para consultas e cirurgias de utentes com cancros e patologias cardíacas foram ultrapassados numa expressiva percentagem dos casos nos hospitais públicos nos primeiros seis meses deste ano, indicam os resultados da mais recente monitorização realizada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), divulgada esta segunda-feira pelo jornal Público

De acordo com os dados - que não distinguem os diversos cancros nem os vários tipos de doenças cardíacas - apesar de os hospitais públicos terem feito mais consultas e cirurgias oncológicas e de cardiologia no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período de 2021, isso não foi suficiente para atenuar o volume das listas de espera, que continuam a crescer.

Atualizados em 2017 pelo então secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, estes prazos mínimos são curtos: um doente com cancro deve ser operado entre um máximo de 15, 45 ou 60 dias, consoante a gravidade; já as cirurgias cardíacas devem ser realizadas até 15 dias (as muito prioritárias), 45 dias (prioritárias) ou 90 dias (prioridade normal).

Do total de doentes com cancros operados entre janeiro e junho de 2022, cerca de um quarto aguardaram mais tempo do que o que está definido na lei para o seu nível de prioridade e em quase 30% das cirurgias de cardiologia não foram cumpridos os TMRG, sintetiza a entidade reguladora, citada pelo jornal. 

 

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