REVISTA DE IMPRENSA: Registo Oncológico Nacional dá conta de 57 878 novos casos de cancro em 2019. Os homens continuam a ser mais afetados por tumores malignos
Os casos de cancro dispararam quase 20% entre 2010 e 2019. De acordo com o Registo Oncológico Nacional (RON), cujos dados são apresentados este domingo pelo Jornal de Notícias (JN), em 2019, foram detetados 57 878 novos casos de cancro. Um aumento de 19,3% face a 2010.
Os homens continuam a ser mais afetados do que as mulheres por tumores malignos. Por cada 119 casos diagnosticados no género masculino, há 100 casos no género feminino. Contudo, o risco de cancro aumentou de forma global para ambos os géneros. A idade mais crítica é entre os 60 e os 74 anos.
As mulheres apresentam maior risco de cancro em idade fértil, muito por causa do cancro de mama, com 8 482 novos casos em 2019. “Um em cada três cancros da mulher são da mama”, diz Maria José Bento, diretora do serviço de epidemiologia do IPO do Porto.
Nos tumores do pulmão, também os homens continuam a dominar, mas é nas mulheres que surgem sinais de alerta, onde as taxas de incidência estão a aumentar no género feminino. Em causa, estará o aumento dos hábitos tabágicos entre as mulheres.
Depois do cancro do pulmão, surgem cancros da pele (3 317 novos casos em 2019) e estômago (3 061). O diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, da Direção Geral de Saúde, pede uma especial atenção a este cancro. José Dinis sugere mesmo prioridade ao rastreio nacional da população no cancro gástrico.
De sublinhar ainda os dados da mortalidade por cancro: em 2019, morreram 28 464 pessoas com cancro.
