Marcelo sobre polémica no acolhimento de refugiados: "Faz parte da democracia, é como respirar"

6 mai 2022, 17:15

O Presidente da República comentava a existência de associações pró-Putin ligadas ao acolhimento de refugiados ucranianos em Portugal, uma informação divulgada pela CNN Portugal

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que a polémica no acolhimento de refugiados na Câmara de Setúbal não põe em causa a competência do Estado português para acolher refugiados. "Penso que não porque quem acolhe os refugiados é a sociedade portuguesa. Há aqui um equívoco", disse o Presidente da República esta sexta-feira em declarações aos jornalistas.

O chefe de Estado sublinhou que aguarda pelas conclusões dos inquéritos que estão a decorrer, mas salienta que esta é "uma realidade específica" que não deve ser confundida com o que está a acontecer com os refugiados em Portugal. "Não vamos pegar numa realidade específica e dizer que a sociedade portuguesa é incapaz de acolher centenas de milhares de pessoas, como tem acolhido", disse.

"Este é um problema que se coloca nas democracias, não se coloca nas ditaduras. Nas ditaduras, o controlo é muito rígido, não é possível criar entidades associativas e de outra natureza e acompanhar a sua vida", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. "Faz parte da democracia, é como respirar".

As teias de ligação destas associações ao Kremlin e ao governo de Putin foram denunciadas à CNN Portugal pela embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets.

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