Longevidade dos cães transformou o cancro na sua principal causa de morte. E há raças mais vulneráveis

2 fev 2023, 11:49
Cães (imagem Getty)

Investigação contou com uma amostra total de 3.452 cães, e analisou tanto os diagnósticos de cancro como a correlação entre tamanho, sexo e raça. A idade média dos animais do estudo rondava os sete anos

A medicina veterinária, a criação de uma indústria dedicada exclusivamente ao bem-estar e qualidade de vida dos cães, desde coleiras antipulgas, ampolas para prevenir a Leishmaniose ou casacos para a chuva e frio que ainda dividem os tutores, prolongaram a longevidade do melhor amigo do homem, mas trouxeram uma nova realidade clínica.

De acordo com o El País, que cita um novo estudo publicado na revista Plos ONE, estas inovações e mudanças fizeram com que a forma mais comum dos cães morrerem também se alterasse e o cancro passasse a ser a principal causa de morte.

No caso dos cães de grande porte, com peso superior a 50-60 quilos, o diagnóstico de cancro dos ossos surge em média aos cinco anos.

Quanto à raça, os cães puros são diagnosticados aos 8,2 anos de idade, enquanto nas variantes mistas a doença não aparece até aos 9,2 anos de idade. Entre as raças que fizeram parte da investigação, foi possível determinar que os Mastim, São Bernardo, Dogue Alemão e Buldogue são aqueles em que foi detetado algum tipo de cancro numa idade mais jovem, logo aos seis anos. O Mastim inglês teve mesmo uma idade média de diagnóstico aos cinco anos. Já o Boxer, o Braco Húngaro e o Pastor de Berna apresentaram uma idade de diagnóstico entre os 6,1 e os 7 anos.

No espectro oposto, as raças que tendem a desenvolver cancros mais tardiamente estão os Dachshund, Cocker Spaniel, Pastor Australiano, Beagle e Terrier, com uma média de dez anos. O Bichon Frisé, por exemplo, apresentou uma idade média de diagnóstico de 11,5 anos.

Outras variantes apontam ainda que as cadelas sofrem de cancro em idades mais avançadas do que os machos e também que os cães castrados têm um diagnóstico mais tardio.

Investigação contou com uma amostra total de 3.452 cães, e analisou tanto os diagnósticos de cancro como a correlação entre tamanho, sexo e raça. A idade média dos animais do estudo rondava os sete anos.

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