Tomada de reféns começou ao final da manhã e durou cerca de cinco horas
A prisão de Arles, no departamento de Bouches-du-Rhône, foi alvo de uma tomada de reféns nesta sexta-feira, sendo que um médico, três enfermeiros e um guarda prisional foram feitos reféns numa enfermaria onde o recluso se tinha escondido. A tomada de reféns começou ao final da manhã e durou cerca de cinco horas, com a libertação das vítimas e a rendição do recluso.
Segundo o jornal Le Figaro, o autor do sequestro é um recluso natural da Guiana Francesa que terá problemas psiquiátricos e estaria na posse uma faca de fabrico caseiro.
Já o La Provence adianta que o recluso, de 37 anos, foi condenado a 18 anos de prisão por crimes sexuais à mão armada e está referenciado como radicalizado desde 2013. No entanto, as autoridades não acreditam que o incidente se baseie em motivos jihadistas, mas sim com a insatisfação do recluso pela recusa de transferência.
O ministro da Justiça francês Gérald Darmanin garantiu que foram enviados para o local meios para lidar com a situação.
5 personnes sont retenues en otage à la maison centrale d’Arles, dont 4 personnels soignant et un agent pénitentiaire. Nous avons mobilisé tous les moyens pour y faire face. Je suis en temps réel l’évolution de la situation.
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) January 3, 2025
A unidade de elite da polícia - RAID - foi enviada para o local e vários agentes encontram-se nos arredores da prisão. No local estão ainda equipas regionais de intervenção e segurança.
A prisão central de Arnes, construída no início dos anos 90, tem 159 lugares e 137 reclusos que cumprem penas longas, estando atualmente com uma ocupação de 85%.