Bruxelas garante 2 milhões de euros para reforçar os meios aéreos de combate aos incêndios em Portugal

Agência Lusa , FG
29 mai 2023, 13:27
Incêndios florestais (foto: Justin Sullivan/ Getty Images)

O ministro da Administração Interna José Luís Carneiro afirma que será oficializado o apoio a Portugal e a disponibilidade da Comissão para "apoiar os Estados-membros a mobilizar todos os recursos que a Europa tem disponíveis"

A Comissão Europeia vai financiar, com dois milhões de euros, o aluguer de dois meios aéreos para combate aos incêndios em Portugal, disse esta segunda-feira, em Vila Nova de Gaia, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

"A Comissão Europeia vai dar conta de que vai reforçar o investimento nos meios aéreos, e irá financiar, com cerca de dois milhões de euros, dois meios aéreos para Portugal", disse esta segunda-feira José Luís Carneiro na junta de Freguesia de Avintes, em Vila Nova de Gaia, Porto.

À margem da assinatura de um contrato interadministrativo para requalificação do Posto Territorial da GNR de Avintes, o governante disse que Bruxelas "se disponibilizou a apoiar os Estados-membros a ir ao mercado e a procurar encontrar os meios aéreos disponíveis no mercado, que são escassos", tal como os pilotos.

"Ainda hoje de tarde partirei para Bruxelas. Teremos um encontro com os ministros do Interior de toda a União Europeia, com a senhora comissária da Proteção Civil. É mesmo expectável que possa estar a senhora presidente da Comissão (Ursula von der Leyen)", disse José Luís Carneiro aos jornalistas.

O ministro acrescentou que será oficializado o apoio a Portugal e a disponibilidade da Comissão para "apoiar os Estados-membros a mobilizar todos os recursos que a Europa tem disponíveis" para o território estar mais apetrechado "do que no ano de 2022, em termos de meios aéreos".

Já questionado sobre os três meios aéreos que permanecem sem licença para operar, José Luís Carneiro frisou que tal não é da responsabilidade direta Ministério da Administração Interna, mas disse que "todas as entidades", como a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Ministério da Defesa Nacional e a Força Aérea Portuguesa "estão a fazer um esforço" e a "dar o seu melhor", para que "dadas as limitações" seja possível ter "todos os meios".

"A informação que me dão é que nós, desde o dia 15 de maio até ao final de maio temos 28 meios aéreos a operar, e a partir do início de junho teremos mais 24 meios aéreos a operar. Depois, a partir do dia 1 de julho, é quando os meios aéreos entrarão na plenitude, juntamente com os meios terrestres e com os meios humanos", disse o ministro.

O governante disse querer garantir, para 2023, "pelo menos o mesmo número de meios aéreos do ano que passou, porque há mais limitações por força da guerra na Europa" mas, "se possível, mais alguns".

"O Ministério da Administração Interna, o Ministério das Finanças e o Ministério da Defesa [Nacional] garantimos os meios financeiros para que isso seja possível, mas vamos aguardar pela ida ao mercado", insistiu.

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