"Não houve um excesso de mortalidade em Portugal por causa da covid-19. Morreram apenas 152 pessoas"

26 jan 2022, 23:56
Bruno Fialho

Não é a primeira vez que esta tese, aqui repetida pelo presidente do partido ADN - Alternativa Democrática Nacional, vem a lume. Há alguns meses um documento circulou nas redes sociais com a mesma “informação”.

A CNN Portugal contactou a DGS, que respondeu que esta declaração está “descontextualizada” e que se refere a dados com mais de seis meses.

“A grande maioria dos certificados de óbito que são emitidos e posteriormente codificados pela DGS são emitidos por médicos com vínculo ao Ministério da Saúde. O processo de vigilância da mortalidade é baseado na emissão e codificação das causas de morte dos certificados de óbito. A codificação de causas de morte é efetuada por profissionais a tempo inteiro na DGS”.

De acordo com a International Classification of Diseases (classificação internacional de doenças definida pela Organização Mundial da Saúde), a mortalidade por covid-19 pode ser codificada com dois códigos: U07.1 para o registo da doença covid-19 confirmada por testes laboratoriais; e U07.2 para o registo da doença com quadro clínico fortemente sugestivo de covid-19, quando a confirmação laboratorial é inconclusiva ou não se encontra disponível.

A DGS esclarece ainda:

“A 18/04/2021 tinham sido codificados pela equipa de codificação da DGS, efetivamente, 152 certificados de óbito relativos a covid-19 pelos médicos que trabalham para a Tutela Ministério da Justiça. Não foi observada qualquer discrepância. Nesse mesmo dia, a 18/04/2021 de abril, tinham sido apurados um total de 16 945 óbitos por covid-19”.

 

Conclusão: Falso

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