Jornalista britânico e ativista brasileiro foram mortos com uma "arma de fogo", avança polícia

Agência Lusa , CV
18 jun 2022, 19:35
Bruno Araújo Pereira e Dom Philips

Bruno Pereira foi atingido por três tiros, um dos quais na cabeça, e Dom Phillips por uma bala no tórax

A polícia brasileira avançou este sábado que o ativista e especialista em assuntos indígenas Bruno Pereira e o jornalista britânico que o acompanhava, Dom Phillips, foram mortos com uma “arma de fogo”.

O jornalista britânico Dom Phillips e o ativista Bruno Pereira desapareceram a cinco de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde estavam para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.

Bruno Pereira foi atingido por três tiros, um dos quais na cabeça, e Dom Phillips por uma bala no tórax, precisou em comunicado a polícia federal brasileira.

Este sábado à tarde, uma fonte policial tinha anunciado a detenção de um terceiro suspeito na morte dos dois homens, identificado como Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", e alegadamente cúmplice dos irmãos Amarildo e Oseney da Costa Oliveira, que já estavam detidos por suposto envolvimento direto neste duplo homicídio.

Jeferson da Silva Lima, cuja detenção foi ordenada na sexta-feira por um juiz do estado do Amazonas, compareceu voluntariamente na madrugada deste sábado na esquadra da região de Atalaia do Norte, mas declarou-se inocente, adiantou a agência noticiosa Efe.

"De acordo com todas as provas e todos os testemunhos que ouvimos até agora, ele esteve no local do crime e participou ativamente no duplo homicídio", referiu o comissário Alex Perez Timoteo, da Polícia Civil da Atalaia do Norte.

As autoridades brasileiras revelaram na sexta-feira que acreditam que os suspeitos pela morte do jornalista e do ativista na Amazónia “agiram sozinhos” e admitiram a possibilidade de mais detenções relacionadas com este caso.

Na quarta-feira à noite, as autoridades encontraram restos humanos numa zona remota da Amazónia, que foram posteriormente confirmados como sendo do jornalista britânico e do ativista brasileiro.

Dom Phillips esteve radicado durante 15 anos no Brasil, onde colaborou com vários ‘media’ internacionais, incluindo o Financial Times, New York Times e Washington Post, entre outros.

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