Central regressa pela mão de Carlo Ancelotti depois de duas intervenções cirúrgicas nos últimos dois anos
Éder Militão está de regresso à seleção do Brasil depois de ter ultrapassado o período mais complicado da carreira, submetido a duas intervenções cirúrgicas e centenas de horas de fisioterapia que o afastaram dos relvados ao longo de 438 dias nos últimos dois anos. O antigo central do FC Porto revela que chegou a pensar terminar a carreira aos 27 anos.
A verdade é que o central brasileiro sofreu duas lesões no ligamento cruzado anterior dos joelhos que o afastaram de quase uma centena de jogos do Real Madrid.
«Na segunda lesão, passaram muitas coisas pela minha cabeça. Pensei em parar de jogar à bola bola, porque não é fácil, mas com a ajuda da minha esposa, da minha filha e dos companheiros, hoje estou aqui para jogar bem. Foram dois anos difíceis, com duas lesões muito complicadas. Na segunda você encara de outra forma por já saber do processo. Não é uma coisa fácil de lidar. Tem que estar muito apegado à família, a Deus... É algo que te tira rotina, do que você está acostumado a fazer, a treinar. De repente, você fica em casa dependendo de uma ajuda, de alguém fazer as coisas para você. Graças a Deus, me recuperei das lesões, voltei ao grande nível, o que não é fácil», desabafou.
Recuperado desde o Mundial de Clubes, Militão ainda ficou de fora das duas primeiras convocatórias de Carlo Ancelotti, um treinador que conhece muito bem, mas agora está de volta à seleção que vai realizar dois jogos de preparação com a Coreia do Sul e Japão.
«A convivência que já tive com ele [Ancelotti] acaba ajudando um pouco pela relação. Conversamos bastante e é uma pessoa que vem agregar não só para mim, mas para toda a Seleção. É uma pessoa incrível, com uma alma muito grande por tudo o que já conquistou, e depende de mim fazer bem pelo meu clube para me firmar na seleção», destacou ainda.