Truculento, politicamente incorrecto, desafiador da ordem instituída, a que chama de desordem institucional, Daniel Silveira soma polémicas e controvérsias. É um bolsonarista como tantos outros que dão azo a caricaturas de uma direita com tiques anti-democráticos.
Deputado Federal é agora candidato ao Senado pelo estado do Rio de Janeiro. E concorre porque recorreu da decisão do Supremo Tribunal Federal que lhe retirou os direitos políticos. Decisão tomada na sequência de um vídeo que o polícia militar publicou nas redes sociais, no qual dizia que imaginava o juíz Edson Fachin a “levar uma surra”. Um crime, sentenciou o STF, que o condenou a oito anos e nove meses de prisão pelo crime de coacção do processo judicial. Agraciado com um indulto presidencial decretado no dia seguinte à leitura do acórdão, e que teria efeito imediato, Daniel Silveira esteve cerca de um ano na cadeia, porque o STF não acatou o perdão presidencial.
Em entrevista à CNN Portugal Daniel Silveira fala em ilegalidade. O STF, diz, é hoje acusador e julgador. O seu caso é um dos vários apontados pelo The New York Times como sendo um dos exemplos do abuso de poder da suprema corte do Brasil.