Terceiro suspeito da morte de jornalista e ativista na Amazónia entrega-se à polícia

CNN Portugal , BCE
18 jun 2022, 19:34
Jornalista britânico e indígena brasileiro desaparecem na Amazónia (Getty Images)

Phillips e Araújo desapareceram a 5 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde tinham viajado para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.

Um terceiro suspeito da morte do jornalista britânico Dom Phillips e de um ativista brasileiro na Amazónia foi detido este sábado, depois de se entregar à polícia. 

De acordo com a Polícia Federal do Brasil, Jeferson da Silva Lima estava em fuga, mas acabou por se entregar às autoridades, na estação policial da Atalaia do Norte, no Vale do Javari, uma região perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde o jornalista e o ativista tinham viajado para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.

"O detido será interrogado e presente a juiz para medidas de coação", disse a polícia federal, em comunicado.

A detenção de Jeferson da Silva Lima surge um dia depois de as autoridades brasileiras terem confirmado, através de um exame forense, que um dos corpos encontrados na Amazónia é do jornalista britânico Dom Phillips.

Contudo, ainda não foi possível identificar o outro corpo, e a Polícia Federal já terá pedido mais informações e exames à família de Bruno Pereira para tentar confirmar se se trata do ativista.

Phillips e Araújo desapareceram a 5 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari. Além de Jeferson da Silva Lima, as outras duas pessoas detidas são dois irmãos pescadores da região que Bruno Araújo já tinha denunciado por praticarem pesca ilegal em zonas proibidas como reservas indígenas. As autoridades brasileiras acreditam que os responsáveis pela  morte do jornalista britânico e do ativista na Amazónia “agiram sozinhos”, numa altura em que admitem que vai haver mais detenções.

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