Bandeira da Palestina retirada pela PSP em Braga: BE questiona Governo

27 jul, 12:17
Bandeira da Palestina em Braga (vídeo/X)

Momento aconteceu após o jogo com os israelitas do Maccabi Petah Tikva

O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério da Administração Interna (MAI) sobre a remoção pela PSP de uma bandeira da Palestina das bancadas do estádio do Sporting de Braga, após o jogo com os israelitas do Maccabi Petah Tikva, na passada quinta-feira.

«De acordo com informações divulgadas pela comunicação social, uma adepta do Sporting de Braga levou uma bandeira da Palestina para o estádio, num gesto de solidariedade com o povo palestiniano. No final do jogo, perante os protestos de outros adeptos, a Polícia de Segurança Pública removeu do estádio a bandeira da Palestina», lê-se na nota dirigida à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e assinada pelo líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo.

Os bloquistas sublinham que «as forças armadas israelitas têm em curso uma invasão em Gaza e têm levado a cabo vários ataques que resultaram no assassinato de morte de milhares de crianças e de outros civis» e lembram que noutros eventos desportivos e espetáculos culturais têm sido exibidas bandeiras da Ucrânia, numa demonstração de solidariedade.

«Não há notícia de alguma bandeira da Ucrânia solidariamente exibida nestes contextos ter sido removida pelas forças e serviços de segurança», refere o partido.

Para o BE, o episódio em Braga «afigura-se como uma clara violação da liberdade de expressão da adepta que a envergava», porque «exibir a bandeira de um Estado, membro observador da Organização para as Nações Unidas, com missão diplomática em Portugal, em nada transgride as leis que regem os espetáculos desportivos».

«Não é tarefa das forças de segurança limitar a livre opinião das cidadãs e dos cidadãos, a qual está protegida pela Constituição da República», acrescentam os bloquistas.

O BE pretende ainda saber que o MAI confirma a remoção da bandeira do estádio, assim como «de onde partiu a ordem para a sua remoção» e «a lei em que se baseou» a ação da PSP.

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