Arquidiocese de Braga afasta um padre suspeito de abusos

10 mar 2023, 10:39
Igreja, padres, religião, crucifixo, cruz. Foto: AP Photo/Gerald Herbert

O seu nome consta na lista entregue pela Comissão Independente e está agora a ser investigado

A Arquidiocese de Braga anunciou, esta sexta-feira, que recebeu um envelope fechado que contém oito nomes de alegados abusadores que pertencem à diocese e que, "após verificação, um dos padres foi afastado preventivamente do exercício público do ministério sacerdotal", depois de diálogo com o arcebispo.

Em comunicado, a arquidiocese revela ainda que, depois da averiguação inicial, "três dos nomes referenciados correspondem a sacerdotes já falecidos" e "um dos nomes não corresponde a nenhum sacerdote da Arquidiocese de Braga, nem se encontra nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito", tendo sido já pedida mais informação à Comissão Independente.

Outro dos nomes corresponde, segundo a nota, a "um sacerdote que foi alvo de um processo civil, tendo sido absolvido".

Consta ainda da lista um "sacerdote que foi alvo de um processo canónico por abuso sexual de menores já concluído e que resultou na aplicação de medidas disciplinares em vigor". A arquidiocese garante que, caso se verifique que os testemunhos recolhidos pela Comissão Independente configuram novos factos, será iniciado um novo procedimento canónico.

Há ainda na lista um agente pastoral, "que por falta de elementos de identificação não foi ainda possível identificar, estando em curso diligências nesse sentido".

Quando ao padre afastado, a arquidiocese diz que se trata de uma medida preventiva e que "não prejudica o princípio da presunção de inocência". "Trata-se de aplicar as linhas orientadoras de ação da Igreja em matéria de abusos sexuais de menores, em conformidade com o Vade-mécum sobre procedimentos relativos a casos de abuso sexual de menores cometidos por clérigos".

Esta sexta-feira, também a diocese da Guarda anunciou a suspensão temporária de um dos seus sacerdotes, enquanto decorre a investigação, uma vez que o seu nome consta da lista de suspeitos de abusos sexuais entregue pela Comissão Indendepente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal.

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