Reino Unido anuncia fim das restrições contra a covid-19

CNN Portugal , BCE
21 fev 2022, 17:11
Boris Johnson

Boris Johnson assinala que a covid-19 não vai simplesmente desaparecer e, por essa razão, não seria correto esperar pela erradicação do vírus para fazer o levantamento das restrições.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou esta segunda-feira, perante os deputados na Câmara dos Comuns, o plano do Governo para "conviver com a covid-19", que levanta as restrições de combate à covid-19 no país.

Dirigindo-se aos deputados na Câmara dos Comuns, Boris Johnson começou a sua intervenção dirigindo as melhoras à Rainha Isabel II, que este domingo testou positivo à covid-19.

Depois explicou que este novo plano de combate à covid-19 visa levantar as restrições no país, considerando que "está na altura" de passar das "intervenções governamentais" para a confiança nas vacinas e nos tratamentos contra a covid-19, que passam assim a ser a "primeira linha de defesa" mo combate à covid-19.

"Não precisamos de leis para obrigar as pessoas a serem atenciosas com os outros. Podemos confiar nesse sentidoo de responsabilidade de uns para com os outros, fornecendo recomendações práticas sabendo que as pessoas as seguirão para evitar infetar entes queridos e outros”, argumentou.

Entre as medidas anunciadas pelo chefe do executivo britânico destaca-se o fim do isolamento para pessoas que testem positivo à covid-19 já a partir desta quinta-feira, o fim dos testes para pessoas vacinadas e menores de 18 anos que tenham tido contacto com um positivo, o fim da gratuitidade dos testes de despiste à covid-19 (mantendo-se apenas para as faixas etárias mais velhas e para os grupos mais vulneráveis), bem como o fim do rastreamento de contactos diários.

O primeiro-ministro britânico assinalou que o fim das restrições tem como base "evidências científicas": "A evidência do que estamos a fazer hoje está amplamente disponível nas evidências científicas, nos números das taxas de infeção e em todos os dados disponíveis gratuitamente para os deputados."

Em relação aos grupos mais vulneráveis, Johnson garantiu que irá continuar a estar protegidos com "acesso prioritário aos tratamentos e, como é óbvio, às vacinas".

Neste sentido, Boris Johnson confirmou que o Governo aceitou a recomendação do Comité Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) quanto à administração da quarta dose aos maiores de 75 anos e ás pessoas com imunossupressão.

"Hoje estamos a avançar com novas medidas para garantir proteção contra um possível ressurgimento do vírus, ao aceitarmos a recomendação do JCVI sobre uma dose de reforço na primaveira para aqueles com idade igual ou superior a 75, residentes em lares de idosos ou para os maiores de 12 anos imunodeprimidos", confirmou.

O plano aplica-se apenas a Inglaterra, uma vez que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decidem as próprias regras em matéria de saúde.

Alguns sistemas de vigilância e planos de contingência continuarão, para responder ao aparecimento de novas variantes do vírus, mas o pilar principal do combate à covid-19 vai ser o programa de vacinação, medicamentos antivirais e a imunidade da população.

No final da sua intervenção, Boris Johnson assinalou que a covid-19 não vai simplesmente desaparecer, e, por essa razão, não seria correto esperar pela erradicação do vírus para fazer o levantamento das restrições. "Está na hora de recuperarmos nossa confiança [e] confiarmos no sentido de responsabilidade uns dos outros", salientou.

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