Petróleo acima dos 110 dólares por barril

2 mar 2022, 06:16

Acordo dos EUA e parceiros para colocar 60 milhões de barris no mercado não trava subida da cotação do crude. Mercados asiáticos voltam a cair

Com a Rússia a intensificar os ataques militares a cidades ucranianas, numa tentativa de acelerar uma invasão que tem demorado mais do que o Kremlin gostaria, o preço do petróleo continua a subir. Esta quarta-feira, a negociação do barril de Brent - que serve de referência para a venda internacional de crude - está a ser negociada nos mercados asiáticos acima dos 110 dólares por barril. 

O preço chegou aos 111,09 dólares na Ásia, o que representa uma subida na ordem dos 5,8%, para um valor que é o mais alto em sete anos. O valor de referência americano, West Texas Intermediate, subiu até 5,7% para 109,30 dólares.

O Financial Times fez as contas e concluiu que, desde que Putin lançou a invasão da Ucrânia, o barril de Brent já subiu quase 16 por cento. 

Nem o esforço conjunto dos EUA e dezenas de países aliados está a conseguir travar essa subida. Joe Biden anunciou esta noite que os EUA e um conjunto de outros países ricos vão colocar no mercado 60 milhões de barris de crude das suas reservas estratégicas, para aumentar a oferta e, assim, travar a escalada de preços. Mas o anúncio de Biden, no discurso sobre o Estado da União, não sossegou os mercados nem aliviou a subida dos preços.

 

Bolsas asiáticas em queda

 

Ao contrário do petróleo, a negociação de ações voltou a cair nas bolsas asiáticas, indiciando mais um dia difícil para os mercados internacionais. O valor de referência da bolsa de Tóquio perdeu 1,7%; enquanto as bolsas chinesas de Xangai e Hong Kong cairam pouco mais de 1%. 

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