Suspeito acreditava que “muita gente apoiaria” o ataque. “Eles dirão a si mesmos ‘o que este tipo está a fazer faz sentido’ porque estas pessoas estão a roubar-nos”, disse à polícia norte-americana
A polícia de investigação dos Estados Unidos, o FBI, deteve um norte-americano suspeito de planear colocar uma bomba artesanal esta semana em frente à bolsa de Nova Iorque para “reiniciar o Estado”.
De acordo com uma queixa apresentada no estado da Florida, no sudeste dos EUA, na quarta-feira, a detenção ocorreu após dez meses de investigação de Harun Abdul-Malik Yener por parte de agentes infiltrados do FBI.
O homem, nascido nos Estados Unidos em 1994, partilhou os planos para o ataque com os agentes, que se fizeram passar por membros de uma milícia, e encarregou-os também de encontrar os explosivos necessários para construir uma bomba artesanal.
De acordo com a queixa, Yener explicou aos agentes que tinha procurado juntar-se a “uma milícia antigovernamental” e tinha também ponderado juntar-se ao grupo fundamentalista armado Estado Islâmico no Iraque em 2015.
O suspeito, residente no sul da Florida, teria escolhido como alvo a bolsa de Nova Iorque, para um ataque que deveria acontecer na semana anterior ao Dia de Ação de Graças, que se celebra a 28 de novembro, para “acordar as pessoas”.
Yener achava que “muita gente apoiaria” o ataque. “Eles dirão a si mesmos ‘o que este tipo está a fazer faz sentido’ porque estas pessoas estão a roubar-nos”, disse o homem, de acordo com a queixa.
O suspeito alegou ainda que tinha experiência no fabrico de foguetes e bombas e publicou vídeos na plataforma YouTube sobre como fazer explosivos e fogo de artifício com utensílios domésticos
Pesquisas do FBI numa unidade de armazenamento revelaram planos e equipamentos eletrónicos destinados à construção de uma bomba artesanal.
O suspeito começou desde 2017 a procurar na Internet informações sobre como construir um dispositivo deste tipo e terá trocado mensagens e e-mails com outras pessoas sobre este tópico.
Yener tinha um historial de ameaças e foi despedido em 2023 de um restaurante em Coconut Creek, na Florida, depois de ameaçar o seu supervisor com um tiroteio em massa.