O livro "The Philosophy of Modern Song" foi lançado no início de novembro, com uma tiragem limitada de 900 exemplares “assinados à mão” vendidos por 599 dólares (cerca de 576 euros) cada
O músico Bob Dylan emitiu uma declaração pública a pedir desculpa por ter usado uma máquina para autografar as cópias especiais do seu novo livro que foi anunciado como “assinado à mão”.
O livro, "The Philosophy of Modern Song", apresenta comentários do cantautor norte-americano, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, sobre temas de outros artistas, e foi lançado no início de novembro, com uma tiragem limitada de 900 exemplares “assinados à mão” vendidos por 599 dólares (cerca de 576 euros) cada. Todas as cópias tinham com uma carta de autenticidade da editora Simon & Schuster.
“The Philosophy of Modern Song is available at Barnes & Noble stores nationwide and online at the link: https://t.co/kpNS2d3hoG” pic.twitter.com/XpGSvOSvPW
— Bob Dylan (@bobdylan) November 13, 2022
À medida que os compradores começaram a receber suas cópias, muitos partilharam fotos dos seus livros nas redes sociais – e rapidamente perceberam que tinham assinaturas exatamente idênticas.
Em comunicado, o músico de 81 anos garantiu que todas as suas assinaturas “ao longo dos anos” foram fetias à mão. “No entanto, em 2019, tive um problema grave de vertigens que continuou nos anos da pandemia”, escreveu. “Seria necessária uma equipa de cinco pessoas a trabalharem comigo para realizar essas sessões de autógrafos, e não conseguimos encontrar uma maneira segura e viável de concluir o que era preciso fazer." Então, durante a pandemia, "era impossível assinar qualquer coisa e a vertigens não ajudavam. Com os prazos contratuais a aproximarem-se, surgiu a ideia de usar uma caneta automática, com a garantia de que este tipo de coisas é feito ‘a toda a hora’ no mundo da arte e da literatura".
“Usar uma máquina foi um erro e quero corrigi-lo imediatamente. Estou a trabalhar nisso com a Simon & Schuster", disse o músico.
Também a editora pediu desculpas pela controvérsia na semana passada e ofereceu um reembolso a qualquer comprador que não esteja satisfeito. “Os livros da edição limitada contêm a assinatura original de Bob, mas numa reprodução”, explicou
— Simon & Schuster (@simonschuster) November 20, 2022
O uso do caneta automática tornou-se comum, por exemplo, nos círculos políticos. Em 2011, Barack Obama tornou-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a aprovar legislação com assinatura automática.
