Petit: «Hamache? Não estou na cabeça dele, não faz parte do plantel»

8 out 2022, 15:53
Yanis Hamache (Boavista)

Técnico do Boavista abordou polémica na antevisão da receção ao Marítimo

Petit abordou hoje a polémica em torno das queixas do futebolista argelino Yanis Hamache, que deixou os axadrezados a 1 de setembro e será alvo de uma queixa-crime do clube da I Liga.

«Se vai afetar o plantel? Acho que não. O Hamache não está cá nem faz parte do nosso grupo. Não vi muito daquilo [que publicou na sexta-feira], porque fui jantar com a minha esposa. Já tenho os filhos crescidos e agora tenho esta disponibilidade para estar com estar com a esposa e conversar um pouco com ela. O jogador já não faz parte do plantel, por isso o nosso foco passa pelo jogo de amanhã [domingo]», comentou o técnico na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Marítimo, da 9.ª jornada da prova.

Instado a avaliar as motivações do seu ex-jogador, que chegou a utilizar em 19 partidas desde novembro de 2020, Petit admitiu que «essa pergunta tem de ser feita» ao próprio.

«É dos melhores grupos que tive em sete anos como treinador. Tenho comigo 60% [do plantel] da época passada e já conhecia alguns dos jogadores que fui buscar esta época por terem jogado em Portugal. Tentámos sempre fazer um grupo à imagem do treinador. Não estou na cabeça do Yanis Hamache nem estarei aqui a responder a ele», finalizou.

Na sexta-feira, os axadrezados comunicaram que vão avançar judicialmente com uma queixa-crime contra Yanis Hamache, após alegadas «afirmações falsas e caluniosas» publicadas horas antes pelo futebolista internacional argelino através das redes sociais.

«O atleta colocou em causa não só a honorabilidade de uma instituição centenária e dos seus dirigentes, como também de ex-colegas de equipa, staff e equipa técnica, algo que é revelador, antes de mais, de uma enorme estultice e de uma clara ausência de honestidade - e que ajudam a explicar os motivos de não fazer parte do atual plantel», observou o emblema do Bessa, em comunicado publicado no seu sítio oficial na Internet.

Contratado à segunda tentativa pelos ucranianos do Dnipro, após uma abordagem inicial fracassada, Yanis Hamache prometeu explicar «até ao final da semana» a sua saída do Boavista, argumentando que o negócio foi consumado «em grande parte por causa de uma pessoa do clube», que «não respeita os jogadores», embora sem especificar nomes.

«Vou colocar todas as provas e mensagens com a pessoa em causa, que quebra o moral de muitos atletas do Boavista e não respeita os adeptos. Quero colocar provas de alguns jogadores que estão atualmente no clube e que estão revoltados com essa pessoa, pois não respeita as suas famílias», referiu o defesa, que jogou duas épocas pelas panteras.

O lateral canhoto, de 23 anos, despediu-se no triunfo caseiro frente ao Santa Clara (2-1), em 14 de agosto, da segunda ronda da I Liga, e deslocou-se em jeito de despedida para junto dos adeptos ‘axadrezados’ no final do duelo, tendo deixado o relvado em lágrimas.

O Boavista, quinto classificado, com 15 pontos, recebe o Marítimo, 18.º e último, ainda a ‘zeros’, no domingo, às 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, num encontro da nona jornada da I Liga, com arbitragem de Luís Godinho, da Associação de Futebol de Évora.

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