Relatórios e contas de 2022 continuam por aprovar. Ato eleitoral deverá acontecer até janeiro
A menos de quatro meses das eleições no Boavista, Joaquim Agostinho demitiu-se da presidência do Conselho Fiscal. A decisão surge após a reunião do Conselho Geral do emblema axadrezado, na sexta-feira, um organismo que Joaquim Agostinho integrava por inerência.
Nessa reunião foram analisadas as implicações da recente condenação de Vítor Murta por alegado assédio sexual a uma funcionária da SAD.
«Não comento. As razões foram apresentadas a quem de direito. Na altura falei com Tavares Rijo e Vítor Murta, presidentes da Mesa da Assembleia Geral e da direção, respetivamente. Como me demiti, entendo que não devo ocupar aquele lugar por inerência», disse esta quarta-feira o antigo líder do Conselho Fiscal e ainda administrador não executivo da SAD.
Joaquim Agostinho acompanhou quase na totalidade os dois mandatos de Vítor Murta, eleito sem oposição como sucessor de João Loureiro em dezembro de 2018.
O Conselho Fiscal deve emitir pareceres sobre os relatórios e contas do clube submetidos em Assembleia Geral, sessão decorrida pela última vez a 26 de abril, quando os associados do Boavista reprovaram o documento referente a 2022, com 46,7 por cento de votos desfavoráveis.
De acordo com o segundo ponto do artigo 99 dos estatutos do clube do Bessa, «no caso de vacatura do cargo de presidente, o Conselho Fiscal é dissolvido, procedendo-se a novas eleições» para o órgão em causa.
O próximo escrutínio do clube deverá decorrer até janeiro de 2025 e tem como primeiro candidato assumido Filipe Miranda, antigo guarda-redes e atual diretor desportivo do futsal do Boavista.
Quanto a Vítor Murta, foi suspenso por seis meses e multado em 2448 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em todo o caso, o dirigente recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto, enquanto a FPF remeteu a condenação ao Ministério Público.
O Boavista é 11.º na Liga. Ao leme da SAD está Fary Faye.