REVISTA DE IMPRENSA || Colaboradoras ainda estavam a amamentar quando foram despedidas
O Bloco de Esquerda terá despedido, entre 2022 e 2024, cinco trabalhadoras que tinham sido mães há pouco tempo, avança a revista Sábado, que cita fonte próxima do partido.
Segundo a revista, alguma colaboradoras foram despedidas enquanto estavam a amamentar.
O partido, que é um dos maiores defensores de legislação laboral para grávidas, puérperas e lactantes, acabou por despedir duas trabalhadoras que estavam nos quadros, dando-lhes contratos a prazo sem funções para contornar a lei. Estas duas trabalhadoras foram substituídas por um homem e pela namorada de um dirigente.
As duas trabalhadoras - assessoras do eurodeputado do partido em Bruxelas - trabalhavam em Bruxelas. Uma das trabalhadoras, que estava em Bruxelas desde 2004, foi dispensada em 2024, em plena licença de maternidade. Já a outra, que estava em Bruxelas desde 2012, viu o contrato não ser renovado quando o filho mais novo tinha 16 meses.
Para além das assessoras do BE em Bruxelas que acabaram despedidas perante o desaire nas eleições europeias, também os resultados das eleições legislativas de 2022 provocaram três despedimentos.
Uma das trabalhadoras despedidas prestava assessoria jurídica para o grupo parlamentar e tinha um filho de 11 meses. No entanto, segundo fonte próxima, "ao perceberem a ilegalidade do despedimento e porque a trabalhadora não era elegível para apoios no desemprego, recuaram" e a trabalhadora ainda hoje presta assessoria ao partido.
As outras duas mulheres despedidas trabalhavam nas redes sociais do partido e foram despedidas enquanto amamentavam e os filhos tinha dois e nove meses.