"O PS diz qualquer coisa para ter maioria absoluta". Catarina Martins reage ao debate

14 jan 2022, 11:27
Líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

Líder do Bloco de Esquerda diz que o país precisa de “um novo ciclo”

Catarina Martins analisou esta sexta-feira o confronto entre António Costa e Rui Rio. Numa ação de pré-campanha em Azeitão, a líder do Bloco de Esquerda considera que o PS "diz qualquer coisa para ter maioria absoluta", mas que o que conta são os votos dos portugueses.

Salientando que o "país precisa de um novo rumo", Catarina Martins reiterou que "o Bloco de Esquerda precisa de ser a força política" para garantir que não existe um Governo de direita.

Quando questionada se sente que o BE poderá ser descartado futuramente pelo PS, Catarina Martins atirou: "O Partido Socialista em todas as eleições diz tudo e mais alguma coisa para tentar exigir uma maioria absoluta aos eleitores, mas quem decide o que se fará no dia a seguir às eleições é quem vai votar".

A bloquista apontou ainda que os candidatos a primeiro-ministro não abordaram temas como o direito à habitação e condições para os jovens conseguirem sair de casa dos pais :"É no mínimo confrangedor ouvir um debate sobre dois partidos que querem ser Governo e depois não ouvirmos nenhuma das soluções para os problemas mais graves do país e que as pessoas querem respostas".

Confrontada com as declarações de Rui Rio, de que seria um risco para o País a presença do BE num eventual Governo liderado por Pedro Nuno Santos, um dos potenciais sucessores de António Costa na liderança do PS, Catarina Martins admitiu que a intervenção política do BE “pode incomodar a direita”, mas afirmou-se convicta de que os portugueses reconhecem o trabalho desenvolvido pelo bloco no Parlamento.  

 “Não há ninguém que não saiba em Portugal que, entre 2015 e 2019, o Bloco de Esquerda foi a força que garantiu estabilidade na vida das pessoas, porque garantimos o fim de cortes em salários e em pensões, porque fizemos tudo o que podíamos para acabar com a suborçamentação do Serviço Nacional de Saúde”, disse.

“Temos de continuar esse caminho. Há ainda tanto por fazer. É esse o papel do Bloco de Esquerda no Parlamento, seja na garantia do salário, da pensão, dos serviços públicos fundamentais, mas também no combate intransigente àqueles que roubam o país em milhões, seja das borlas fiscais à EDP, seja da pouca-vergonha do sistema financeiro. Em Portugal também se sabe que o Bloco de Esquerda tem sido a força que combate o abuso, porque protege o país. Isso talvez incomode a direita, mas essa é a natureza do Bloco de Esquerda”, frisou Catarina Martins.

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