Netanyahu será detido se entrar em Portugal, mas Governo considera "desajustado" comparar Israel ao Hamas

Agência Lusa , CM
22 nov, 16:42

O TPI emitiu na quinta-feira mandados de detenção contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelita Yoav Gallant e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu esta sexta-feira que Portugal irá cumprir com as suas “obrigações internacionais” caso se imponha quanto à aplicação de mandados de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI), designadamente contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, que decorreu na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, Paulo Rangel reafirmou a posição transmitida em maio sobre Portugal estar “vinculado” às decisões daquele tribunal internacional enquanto seu Estado-membro.

Em todo o caso, Paulo Rangel não deixou de manifestar a posição de Portugal relativamente ao facto de o TPI não ter feito distinção entre Israel e Hamas. "Consideramos que haver uma equivalência entre Hamas e Israel é desajustado, mas respeitamos a decisão do tribunal e cumpriremos as nossas obrigações", sublinhou.

O TPI emitiu na quinta-feira mandados de detenção contra Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelita Yoav Gallant e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

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