Veríssimo e empresários portugueses na lista inicial do voo apanhado com droga

19 fev 2021, 17:43

Para além de João Loureiro, antigo presidente do Boavista, houve mais nomes ligados ao futebol português na lista

Lucas Veríssimo, jogador recentemente contratado pelo Benfica, estava na lista inicial de passageiros de um avião privado no qual a polícia brasileira encontrou 500 quilos de cocaína.

Essa lista incluía também João Loureiro, antigo presidente do Boavista, conforme já noticiado pelo nosso jornal, e ainda três empresários portugueses ligados ao futebol: Bruno Macedo (representante de Lucas Veríssimo), Bruno Carvalho Santos e Hugo Cajuda.

O Maisfutebol teve acesso a um plano de viagem referente ao dia 7 de fevereiro, que previa que o avião, um Falcon 900 da empresa Omni, partisse do Aeroporto Internacional de Salvador da Bahia (Brasil) com destino a Tires (Portugal), fazendo escala na Ilha do Sal (Cabo Verde).

O documento faz então referência a sete passageiros: João Loureiro, Lucas Veríssimo, Bruno Macedo, Bruno Carvalho Santos e Hugo Cajuda, além de Mansur Ben-barka Heredia e Paulo Saturnino Cunha. Mansur e João Loureiro teriam, de acordo com este plano, uma viagem prevista ainda para o dia anterior, 6 de fevereiro, do Aeroporto de Jundiaí para Salvador da Bahia.

Estes voos terão sido adiados, contudo, e o avião da Omni continuou em Salvador, até que no dia 9 a Polícia Federal do Brasil encontrou a referida meia tonelada de droga. De acordo com o jornal O Globo, o contacto com as autoridades terá partido da própria empresa de transporte aéreo.

Em declarações à TVI, já nesta sexta-feira, João Loureiro confirmou que esteve na lista inicial do voo, mas que já tinha desistido do mesmo, conforme terá comunicado à empresa responsável, pois decidiu regressar num voo comercial.

O antigo presidente do Boavista explicou ainda que a primeira data prevista para o voo foi o dia 1 de fevereiro, mas que este foi sucessivamente adiado, o que fez com que procurasse outras alternativas, e que no dia 9 até estava em São Paulo. João Loureiro acrescentou ainda que na viagem para o Brasil, a 27 de janeiro, houve problemas com caixas de vinho que seguiam a bordo. O empresário português fez essa viagem com um cidadão espanhol que, de acordo com a TVI, já estava referenciado pela Polícia Judiciária por suspeita de tráfico de droga.

Contactada pelo Maisfutebol, fonte oficial do Benfica confirmou que Lucas Veríssimo esteve na lista inicial do referido voo, pois essa foi uma das várias alternativas analisadas para trazer o jogador para Portugal, após a final da Taça Libertadores, tendo em conta as restrições aos voos que surgiram.

A mesma fonte explicou que essa alternativa foi encontrada pelo representante do jogador, Bruno Macedo, mas que acabou por ser descartada alguns dias antes, até porque, ao abrigo das novas restrições impostas no início de fevereiro, Lucas Veríssimo só podia viajar diretamente para Portugal se fosse cidadão luso ou residente no país.

O central contratado ao Santos acabou por viajar num voo comercial, e chegou a Lisboa ao final da manhã do dia 7 de fevereiro, precisamente, via França.

De acordo com informações recolhidas pelo Maisfutebol, também os empresários Bruno Carvalho Santos e Hugo Cajuda, que estiveram no Brasil a ver a final da Taça Libertadores, conquistada pelo Palmeiras de Abel (ao qual estão profissionalmente ligados), acabaram por descartar o regresso no referido voo, pois entretanto surgiu a possibilidade de negociar um jogador no Brasil, onde ainda se encontram.

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