Jovem médio fala no seu percurso no Benfica em entrevista à UEFA
João Neves, em entrevista à UEFA, na véspera do embate com o Inter Milão, para a Liga dos Campeões, abordou o seu ainda curto percurso no futebol, desde que deu os primeiros pontapés na bola, em Tavira, até jogar pela equipa principal do Benfica, com estádios cheios. O jovem médio conta ainda com quem é que se dá melhor no plantel de Roger Schmidt.
«Comecei no CFT do Algarve [em Faro], passei lá cinco anos e, quando fiz os 12 anos, vim para o Benfica Campus com a ideia de ser jogador profissional de futebol. Este processo trouxe-me amigos e objetivos de vida. Tornou-me numa pessoa inconformada e com uma mística à Benfica», começa por contar o algarvio de 19 anos.
Já no Seixal, João Neves progrediu até chegar à equipa principal e não esquece o momento em que teve a oportunidade para se mostrar. «A minha chegada à equipa principal foi diferente pela quantidade de opções que havia e que passou a haver. Acho que aproveitei da melhor maneira. Foi um treino ou dois que fiz enquanto os jogadores da equipa A estavam no Mundial, acho que chamei a atenção do treinador. A estreia vai ser sempre um marco na minha vida. Apesar da derrota [0-1 frente ao Sevilha, jogo de preparação, em 11 de dezembro de 2022], foi um dos dias mais felizes que tive no Benfica. Foi o dia em que consegui alcançar o meu primeiro objetivo, que era estrear-me na equipa principal. Desde aí tem corrido bastante bem, os meus colegas também são superacolhedores e supersimpáticos», conta.
Depois de chegar à equipa principal, jogar na Luz foi mais marco inesquecível para o jovem Neves. «Quando estou lá dentro, apesar de muito altos, os aplausos e os cânticos quase que nem os oiço. Abstraio-me do que está à volta e concentro-me no que está dentro de campo. Mas quando o jogo acaba e vamos aplaudir os adeptos é sempre um motivo de orgulho. É excelente saber que os adeptos estão comigo e com a equipa», comentou.
Já integrado no plantel de Roger Schmidt, João Neves continua a ouvir os conselhos do mais velhos, particularmente de dois deles. «O Chiquinho e o João Mário são os jogadores mais velhos com quem me dou mais, apesar de me dar com todos os outros. Os conselhos que me dão é como se fosse o meu pai a dar. Sabem o que é ter dezoito anos e estar na equipa principal. Sabem o que têm de transmitir», revelou.
João Neves abordou ainda os objetivos para a presente edição da Liga dos Campeões. «Esta prova é a melhor que existe no mundo, um dos nossos objetivos. Apesar de termos muitos objetivos a longo prazo, é em cada jogo que pensamos. Conseguir os melhores resultados possíveis em todos os jogos para que o objetivo a longo prazo se possa concretizar», destacou ainda.