Entrevista a Fábio Faria: a cumprir sonhos depois do pesadelo

6 mai 2014, 18:12
Fábio Faria na marcação a Maurice

Ex-jogador do Benfica, obrigado a terminar a carreira por razões de saúde, segue em frente; criou uma marca de roupa e está a tirar um curso universitário

* por Ana Sofia Figueiredo


O sonho de menino começou a desmoronar-se quando, a 4 de fevereiro de 2012, o jovem central do Rio Ave se sentiu mal após fazer uma falta sobre um jogador do Moreirense. Os problemas cardíacos, diagnosticados mais tarde, obrigaram Fábio Faria a terminar a curta carreira como jogador profissional para salvar a sua vida.

Apesar da recomendação médica para não voltar a jogar, Fábio não quis desistir imediatamente do sonho. No entanto, acabou por ceder pois a sua vida estava em jogo. Um ano depois, a 8 de março de 2013, anunciou oficialmente o fim da sua carreira.

Fábio Faria teve de enfrentar a adversidade, mas não desistiu e o fim do sonho de menino deu lugar a uma nova fase na sua vida.

Atualmente, está a tirar o curso de Gestão de Desporto no Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e com a namorada criou «uma marca de roupa», que era também um «sonho de criança».

FÁBIO FARIA: começar de novo depois do pior dia da vida


A criação e confeção das roupas da marca «D’ja vu» estão a cargo do casal. «Eu e a minha namorada desenhamos e confecionamos os produtos». Fábio admite que o negócio está a correr bem e os produtos estão à venda on-line
e em algumas lojas.

O clube de Vila do Conde desde sempre transmitiu o seu apoio e Fábio não esquece os amigos vilacondenses. «Sempre que posso vou ver os treinos e os jogos. O Rio Ave é o clube da minha terra, tenho lá muitos amigos.»

Fim da carreira aos 23 anos


Também o SL Benfica tem mantido o seu apoio ao ex-jogador. Na altura em que Fábio terminou a carreira, o clube da Luz prometeu cumprir o contrato e, assegura Fábio Faria, tem cumprido.

«No dia 7 ou 8 de cada mês o dinheiro está na conta. O Benfica tem-me apoiado e tem cumprido sem falta.»
 
Neste ano de adaptação à sua nova vida, o jovem vilacondense realça, também, o «apoio fundamental» de Joaquim Evangelista, Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Questionado sobre o estado de saúde, Fábio confirma que o seu coração se encontra estável. «Tomo o comprimido todos os dias de manhã para manter as tensões baixas e faço uma vida normal».

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