Benfica: SAD apresenta prejuízo de 31,4 milhões de euros

8 set, 22:54
Rui Costa (Benfica)

Sociedade caiu novamente em resultados negativos, muito pela diminuição das receitas. Já as despesas mantiveram-se em linha com o ano anterior.

O Relatório e Contas anual da Benfica SAD foi revelado este domingo pela CMVM e destaca um prejuízo de 31,4 milhões de euros na última temporada. Na época anterior a sociedade tinha apresentado um lucro de 4,2 milhões de euros, pelo que há um decréscimo de 35,6 milhões de euros de um ano para o outro.

O Benfica justifica este prejuízo com a redução dos rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) e dos resultados com transações de direitos de atletas. 

Os primeiros foram na época passada de 179 milhões de euros, contra 195.7 milhões da temporada anterior, o que significa menos 16 milhões de euros em receitas operacionais.

«Esta evolução é explicada pelo decréscimo das receitas no segmento Media TV, em consequência da redução dos rendimentos provenientes de prémios distribuídos pela UEFA. Em sentido contrário, verifica-se um crescimento das receitas associadas aos segmentos Matchday (+4,6 por cento, impulsionado pelo aumento das vendas de Corporate e Red Pass) e Commercial (+15,6 por cento, o que representa um aumento de 5,7 milhões de euros face ao período homólogo)», pode ler-se.

Já as transações de passes de jogadores renderam 58,4 milhões de euros, contra 89 milhões de euros no anterior, o que significa uma quebra de 18 por cento. 

«De referir que os resultados com transações de direitos de atletas foram muito influenciados pelo facto de não se ter efetuado nenhuma operação até ao final do exercício, em parte em consequência do Campeonato da Europa ter protelado a atividade no mercado de transferências. Caso as principais transações com direitos de atletas que decorreram no início da época 2024/25 tivessem sido realizadas no final do exercício de 2023/24, a Benfica SAD teria obtido resultado positivo neste período», justifica a SAD encarnada.

De resto, os gastos operacionais mantêm praticamente em linha: renderam 207,3 milhões de euros, contra 206,4 milhões de euros no anterior. O ativo atinge os 565,2 milhões de euros, o que significa um aumento de 7,4 milhões de euros face ao ano anterior.

Já o passivo é de 483,4 milhões de euros, um aumento face aos 444,6 milhões do ano anterior

Finalmente os capitais próprios caíram 27,7 por cento, passando a ser de 81,9 milhões de euros (contra 113,2 milhões do anos anterior).

 

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