O avançado do Vitória de Guimarães recordou a passagem pelo Benfica
Formado no Benfica, Nélson Oliveira era apontado como uma das grandes promessas do futebol nacional no início da década de 2010. Surgiu na equipa principal dos encarnados pouco antes da medalha de prata no Mundial de Sub-20, na Colômbia, mas teve poucas chances com Jorge Jesus.
Em entrevista ao podcast «Dezanove22», do Vitória de Guimarães, o jogador dos vitorianos recordou um pouco dessa passagem pela equipa principal dos encarnados:
«Fui treinado pelo Jorge Jesus quando estive no Benfica. Algumas histórias não posso contar. Às vezes nem é bem sobre as histórias, são as expressões dele», começou por explicar o avançado. «As histórias têm mais graça quando eram com os outros. Quando é connosco não tem a mesma graça. A mim e aos outros miúdos nem nos chamava pelo nome. Às vezes chamava-me 'Nélson de Oliveira'. É muito engraçado, mas quando as histórias são contigo dá alguma azia», admitiu.
Nélson Oliveira elogiou, no entanto, os métodos de trabalho de Jorge Jesus. Agora, com 33 anos, o avançado diz que o futebol está mais estruturado ao nível da formação.
«A minha estreia como sénior foi no [estádio do] Rio Ave. Ainda era júnior. Na minha altura, o campeonato não era tão competitivo como agora. Não estava tão bem organizado. Agora há a Youth League, por exemplo. Na altura, eu já não estava a evoluir muito naquele nível. Estive até janeiro nos juniores e depois fui experimentar o futebol sénior. Não havia equipas B nem nada disso. Houve um choque de passar de um balneário de miúdos para um balneário sénior», explicou.
«Apanhei algumas carcaças fixes, porreiras. Foi um momento bom. Aqueles seis meses ajudaram-me para a época seguinte no Paços de Ferreira e com o Mundial sub-20. Foram meses importantes. Houve aquele choque de chegar ali e já não ser um miúdo. Aliás, era um miúdo, mas já não estava num ambiente de miúdos», completou Nélson Oliveira, que parte para a segunda época ao serviço do Vitória de Guimarães.
Chegou em janeiro deste ano e não se arrepende da mudança, depois de uma «má experiência» no Konyaspor da Turquia. «Se calhar estava mesmo para restauro quando vim como escreveram. Não pela idade. Era mesmo pela forma como eu estava. Não cheguei aqui na minha melhor versão. Sabia que, mesmo não vindo na melhor versão, poderia ajudar. Mesmo no último ano, apesar de não estar tão bem fisicamente como este ano, houve jogos em que consegui dar o meu contributo», afirmou.