Na última entrevista antes de rumar ao PSG, o médio sublinhou as amizades construídas entre o Seixal e a Luz
Na entrevista de despedida do Benfica, João Neves, de 19 anos, destacou o que deixará em Lisboa para perseguir renovados sonhos, em breve a partir de Paris.
«A amizade é algo muito forte que levo para a vida. Foram amigos que o Benfica me deu, como, por exemplo, o António [Silva], que é um dos meus melhores amigos. O próprio André [Gomes], o [Tiago] Gouveia, o [Tomás] Araújo, o Samuel [Soares], e mesmo aqueles que não são da formação. Disto sei que terei mesmo saudades. Não menos importante, [terei saudades de] vestir a camisola do Benfica, entrar na Luz, festejar um golo», explicou, aos meios do clube.
Recuando até fevereiro, quando perdeu a mãe, o internacional português agradeceu o apoio recebido, esclarecendo que treinar e jogar foram decisões suas e uma escolha essencial.
«Treinar e estar com os meus amigos, sentir a relva, a bola, não apaga os problemas, longe disso, mas resolve outros. Ficar em casa seria muito pior. Como eu gosto mesmo de futebol, decidi ir para o treino e jogar. No dia do funeral irem lá o presidente, o vice-presidente, os amigos mais chegados, que vieram da formação comigo…Não há muito que se possa explicar, é amizade. E toda a gente que tem amizades com os seus sabe o que é isso», rematou.
Nesta longa entrevista, o médio foi ainda desafiado a esclarecer a «imagem de marca», de camisola por dentro dos calções.
«Foi uma regra imposta na formação, quando eu jogava no CFT do Algarve. Cumpro a regra, rigorosamente, e foi uma coisa a que me fui habituando. Então, fico confortável e ficou a imagem de marca», contou.
Quanto à maturidade demonstrada, João Neves atribuiu a qualidade às personalidades dos pais.
«A parte sentimental vem da minha mãe. A parte mais militar e mais rigorosa vem do meu pai. E o meu pai sempre me disse: “Esperto é aquele que aprende com os seus erros, inteligente é aquele que aprende com os erros dos outros”. Eu prefiro ser o inteligente», atirou.
Questionado sobre o novo desafio, em Paris, Neves admite estar ciente de eventuais obstáculos: «Sou muito acarinhado aqui, desde o primeiro dia. Vou sair para um país diferente, para uma realidade diferente, idioma diferente, mas vou dar o meu máximo. Essa é a minha natureza, assim estarei sempre mais próximo de alcançar os meus objetivos».
Por fim, o médio reiterou o elo ao emblema da Luz.
«O Benfica é um modo de vida. Jogo desde os três anos e antes de estar no Benfica jogava na Casa do Benfica em Tavira. Por isso, é um modo de vida, já não dá para fugir ao Benfica. Sou Benfica e serei sempre Benfica. Vamos lutar até ao fim para sermos campeões», concluiu.
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O médio deixou Portugal a troco de 59.9 milhões de euros, num negócio ao qual poderão ser acrescidos mais 10, face aos objetivos contemplados no acordo. O vínculo entre João Neves e o PSG é válido até 2029.