De jogador a presidente do clube: Rui Costa como Beckenbauer ou Verón

10 out 2021, 11:14
As imagens do debate entre Rui Costa e Francisco Benitez

São poucos os exemplos deste trajeto em clubes de futebol de primeira linha, na atualidade

Longe vão os tempos em que os jogadores tinham um papel decisivo no surgimento e solidificação dos clubes de futebol. Nos primórdios, não faltaram exemplos como o de Rui Costa, que passou dos relvados ao mais alto cargo no Benfica.

Observando o passado recente, são poucos os casos em clubes de futebol de primeira linha.

Na Liga portuguesa, por exemplo, surge Rui Costa como presidente do Benfica e o espanhol David Belenguer, antigo jogador de clubes como o Bétis ou o Getafe, como líder máximo da SAD do Tondela. 

No país vizinho, curiosamente, a prática é mais comum. Josu Urrutia, antigo médio defensivo, foi presidente do Athletic Bilbao entre 2015 e 2018. Rafael Gordillo, ex-lateral, esteve na presidência do Bétis de Sevilha entre 2010 e 2011 e Fernando Sanz ocupou o cargo mais alto na estrutura diretiva do Málaga entre 2006 e 2010, depois do seu pai - Lorenzo Sanz - ter comprado 97% das ações do clube.

O Bayern Munique é um dos clubes mais conhecidos por apostar em antigos jogadores para cargos diretivos, com algumas polémicas à mistura. 

Franz Beckenbauer foi presidente do clube alemão entre 1994 e 2009 e Uli Hoeness foi o seu sucessor, ocupando a posição até ser condenado por evasão fiscal, em 2014. Hoeness voltou à presidência do Bayern Munique entre 2016 e 2019.

Oliver Kahn é o atual CEO do Bayern, sucedendo a Karl-Heinz Rummenigge.

Na Argentina, Juan Sebastián Verón foi eleito presidente do Club Estudiantes de La Plata em 2014 e continua a liderar o clube. Rivaldo assimiu a presidêndia do Mogi Mirim, no Brasil, em 2008 mas saiu em 2015, debaixo de críticas.

Giampiero Boniperti, nome histórico da Juventus, foi presidente da Vecchia Signora entre 1971 e 1990.

Se os casos em clubes de futebol são cada vez mais raros, sobretudo desde que as SAD entraram em cena, sobram nomes conhecidos em organizações desportivas e na presidência de um país, como acontece com George Weah, presidente da República da Libéria desde 2018.

Michel Platini foi presidente da UEFA entre 2007 e 2016, altura em que foi acusado de corrupção. Nota final para exemplos de ex-jogadores na presidência das Federações dos respetivos países, como Davor Suker na Croácia (de 2012 a 2021), Dejan Savicevic no Montenegro (presidente desde 2001) ou Luis Rubiales em Espanha (presidente desde 2018).

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