Fernando Tavares diz que eleição de Noronha Lopes seria uma «tragédia»

16 out, 10:38
Fernando Tavares (FOTO: SL Benfica)

Vice-presidente do Benfica para as modalidades dirigiu acusações ao candidato à presidência do clube numa carta aberta

Fernando Tavares, vice-presidente do Benfica com o pelouro das modalidades, lançou acusações a João Noronha Lopes.

Numa carta aberta que dirigiu ao candidato às eleições do clube da Luz, o ainda dirigente das águias - abandonará o clube independentemente do resultado do ato eleitoral - considerou que uma eventual escolha de Noronha Lopes para assumir a liderança do Benfica seria preocupante. «A bem do Benfica, espero que nunca concretize a sua intenção de se tornar presidente, como gosta de assegurar que será inevitável. Mas como sempre, a maioria dos sócios do Benfica darão uma resposta a essa sua pretensão. A mim, resta-me aguardar pela soberana decisão dos sócios e aguardar que o Benfica não tenha de passar por essa tragédia, que colocaria em causa o seu futuro desportivo e financeiro», escreveu a rematar a missiva.

Recorde-se que antes desta carta aberta, João Noronha Lopes apontou o dedo a Fernando Tavares numa entrevista à BTV na terça-feira: «Não podemos ter um vice-presidente que vai a uma assembleia-geral e que diz que vamos tentar ficar em segundo.»

Referindo-se sempre a Noronha Lopes como, «Senhor Lopes» ou «Candidato Lopes», o dirigente esclareceu: «Naquela Assembleia Geral tentei explicar que o objetivo mínimo do segundo lugar é absolutamente determinante para reter os melhores jogadores de andebol, uma vez que tal classificação pode permitir a participação na Liga dos Campeões, o que é determinante para reter os nossos melhores atletas», referiu.

Na mesma carta, Fernando Tavares, dirigente do Benfica durante mais de 20 anos, levantou dúvidas sobre a competência profissional de Noronha Lopes, quer como alto cargo da McDonalds, quer como proprietário de uma empresa na área da restauração que tem acumulado prejuízos, tendo-se referido a ele como um «advogado mediano» e um «advogado escriba» que, nas negociações para a entrada de restaurantes da multinacional dos hambúrgueres em áreas de serviço da BP (onde Fernando Tavares trabalhou como administrador), aparecia no final para fechar contratos que já tinha sido negociados por «verdadeiros gestores».

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