Entrada «relâmpago» afastou as aspirações neerlandesas no Estádio da Luz
Para quem achava que este era apenas um particular de pré-época, os jogadores do Benfica prestaram a devida homenagem a Eusébio e na 12.ª edição do troféu, dez minutos bastaram para os comandados de Schmidt «partirem» o adversário ao meio.
Diante do Feyenoord, o técnico alemão apresentou algumas alterações face ao onze que alinhou frente ao Brentford e foi precisamente uma delas que esteve em claro destaque.
Desde cedo, Prestianni pegou na batuta e qual maestro foi dando ordens aos companheiros de equipa (não com a voz, mas com o pé). A falta de agressividade na grande área dos neerlandeses deixou o esférico à mercê da qualidade do argentino, que não se fez de rogado e assinou um autêntico golaço.
Pé preferencial (direito), mostrou que o esquerdo não serve apenas para subir ao autocarro e em arco não deu qualquer hipótese ao guarda-redes. No entanto, entre os postes, Bijlow mal podia adivinhar que uma avalanche de golos estava a caminho da sua baliza.
Isto foi aos nove minutos e aos 13 chegou a vez do já «homem-golo» deste Benfica. Com a bola no pé, Prestianni voltou a espalhar magia, deu para João Mário e o internacional português ofereceu um presente já embrulhado a Pavlidis, que só teve de colocar o laço para fazer assim o 2-0.
Do lado esquerdo, Jan-Niklas Beste recebeu a primeira titularidade ao serviço das águias e logo perante milhares de adeptos no Estádio da Luz. O peso da estreia claramente não chegou até aos ombros do lateral germânico, que um minuto após o segundo do Benfica surgiu em boa posição para o cruzamento e no coração da área, Pavlidis encostou para o «bis».
Em menos de 15 minutos, os adeptos quase não tiveram tempo para se sentar e tiveram mesmo de esperar um pouco mais, já que a assistência não foi suficiente para satisfazer a vontade do lateral de 25 anos.
Conhecido pela sua enorme qualidade na conversão de livres diretos, Jan-Niklas Beste mostrou isso mesmo e em cima da meia-lua, um desvio fortuito num adversário levou a bola até ao fundo da baliza do Feyenoord, ampliando assim o resultado para 4-0.
O cenário estava assim montado para uma eventual goleada no Estádio da Luz, mas a verdade é que o jogo acalmou, ainda que até ao intervalo tenha sido o Benfica a ficar perto do golo. Destacar um lance construído por João Mário do lado direito, com um passe para o interior da grande área onde surgiu o remate à trave de Prestianni.
No segundo tempo, Schmidt fez quatro alterações e retirou de campo alguns dos jogadores mais desestabilizadores da equipa. Além do resultado expressivo, essas mudanças quebraram um pouco o ritmo do encontro, com o Feyenoord a dispor de mais ocasiões de golo. Destaque claro para Igor Paixão, que foi criando sozinho lances de perigo e bastantes dores de cabeça à defensiva encarnada.
Tiago Gouveia regressou ao lado direito da defesa, um lugar que tem ocupado neste início de pré-temporada e Marcos Leonardo a jogar com João Rêgo e David Neres na frente de ataque encarnada. Além disso, Leandro Barreiro e Trubin foram os únicos jogadores do Benfica a completar os 90 minutos.
Até final, os cerca de 55 mil adeptos que marcaram presença no Estádio da Luz (João Neves foi um deles) tiveram mais um motivo para festejar. Em campo há apenas quatro minutos, Arthur Cabral respondeu da melhor forma ao cruzamento de Tiago Gouveia e finalizou de cabeça para o fundo da baliza, colocando assim um ponto final num jogo de sentido praticamente único.