Champions: Benfica-Liverpool, 1-3 (destaques)

David Marques , Estádio da Luz, Lisboa
5 abr 2022, 22:42

Um Dia(z) normal

A FIGURA: Luis Díaz

Depois de anos a dar dores de cabeça aos adeptos do Benfica quando jogava no FC Porto, teve um regresso em grande a Portugal. Não foi tão exuberante como costuma ser, mas não foi por isso que deixou de ser decisivo: assistiu Mané para o 2-0 dos reds e sentenciou o jogo nos minutos finais. Não foi o melhor do Liverpool, mas acabou por ser o mais importante de todos.

O MOMENTO: Liverpool quebra a resistência. MINUTO 17

Num jogo diante de uma das maiores forças do futebol internacional, uma das chaves do sucesso passa por adiar aquilo que toda a gente espera que surja mais cedo ou mais tarde: o golo dessa equipa. E o Benfica sabia – e Veríssimo repetiu-o várias vezes – por onde passava a felicidade. A resistência durou até aos 17 minutos, quando Konaté cabeceou para o golo dos reds após canto batido da esquerda e a partir daí o Benfica foi uma equipa mais intranquila até ao fim da primeira parte, período no qual os visitantes ainda dobraram a vantagem.

 

OUTROS DESTAQUES

Darwin: o excesso de individualismo leva-o a definir muitas vezes mal as jogadas e isso voltou a estar presente nesta terça-feira na Luz. Mas não lhe faltou entrega. Foi à luta com os centrais e não se deixou engolir por eles, descaindo por vezes para o flanco esquerdo, como tantas vezes faz. Reduziu a desvantagem das águias aos 49 minutos e teve nova boa oportunidade pouco depois. Esteve à altura das exigências – como esteve noutras noites desta Champions – e isso mostra que, aos 22 anos, está pronto para os grandes palcos.

Everton: tal como diante do Ajax, voltou a ser um apoio importante a fechar o corredor direito adversário. Bem nos equilíbrios defensivos e ativo no ataque. Passou também muito por ele o crescimento do Benfica no regresso dos balneários. Esteve perto do golo à passagem da hora de jogo e pouco depois disso lançou Darwin nas costas da defesa do Liverpool.

Rafa: viu-se pouco na primeira parte, mas apareceu no melhor período do Benfica na etapa complementar. Foi dele o passe para o golo de Darwin (contou com a displicência de Konaté) e teve outras daquelas arrancadas que terão arrancado um «uau» a Jürgen Klopp.

Vlachodimos: o melhor do Benfica nesta edição da Liga dos Campeões voltou a ser um dos melhores da noite. Sem culpas nos golos sofridos – talvez tenha lido mal o lance do 3-1 – negou várias ameaças dos reds, que podiam ter saído da Luz com uma vitória ainda mais confortável.

Keita: dos três médios do Liverpool, foi o que apareceu mais vezes em zonas adiantadas. Inteligentíssimo nos movimentos com e sem bola, onde não estava um jogador do Benfica, Keita aparecia, várias vezes no habitat dos avançados, o que complicou ainda mais a vida da dupla Otamendi/Vertonghen e também de Weigl. Foi dele o passe para o 3-1 de Luis Díaz, golo que muito provavelmente decide, já, a eliminatória.

Arnold: a abertura para Luis Díaz na jogada do 2-0 (de Mané) não está ao alcance de muitos pés direitos. Mas o dele é especial, impressão digital de um dos melhores laterais do Mundo. A fechar a primeira parte lançou Salah para o 3-0, mas o egípcio não conseguiu levar a melhor sobre Vlachodimos.

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