Boavista-Benfica, 0-3 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Bessa, Porto
27 ago 2022, 20:03

Diferenças a partir do banco

O Benfica segue imparável em 2022/23. As águias chegaram à sétima vitória da temporada, a terceira na Liga, frente ao Boavista (3-0) e só sabem vencer desde a chegada de Roger Schmidt.

Os encarnados fizeram uma exibição em crescendo no Bessa e acabaram por vencer justamente pese um início de jogo repartido. Na segunda metade, o rolo compressor encarnado acabou com as esperanças da pantera de retirar algo de bom do jogo. 

Este Benfica respira confiança. Transmite segurança mesmo quando não está a dominar o jogo. E é capaz de colocar o adversário em sentido mesmo quando o ataque organizado não flui através de saídas rápidas. E tem as bolas paradas com arma importante do seu jogo – o Boavista que o diga.

O Boavista foi capaz de incomodar o oponente pela coragem que mostrou em querer disputar o jogo. Não se limitou a defender pese a diferença de qualidade das duas equipas, mas faltou-lhe criar um par de situações de golos. Com exceção de alguns cruzamentos, o melhor que a pantera conseguiu  foi um cruzamento/remate de Onyemaechi ainda nos minutos iniciais.

No entanto, o golo de Morato, na sequência de um canto de David Neres, deu conforto ao Benfica. A equipa libertou-se enquanto o Boavista pareceu desorganizar-se ligeiramente com o golo. Os espaços começaram a surgir com maior naturalidade e as águias podiam ter chegado ao intervalo a vencer por 2-0: César negou o 2-0 a Gonçalo Ramos enquanto João Mário foi protagonista de uma falhanço incrível (!).

Em desvantagem no marcador, o Boavista rubricou uma bela entrada a segunda parte. Porém, não conseguiu materializar em golo esse bom período que viveu no encontro. Schmidt procurou novo fôlego no banco e lançou três jogadores de uma assentada: Bah, Diogo Gonçalves e Musa para os lugares de Gilberto, Neres e Ramos.

E o Benfica melhorou. Diogo Gonçalves ameaçou com um pontapé à entrada da área antes de João Mário arrumar o jogo com o 2-0. Mérito para Musa na génese do lance a assistir o internacional português e capitão das águias, esta noite, na ausência de Otamendi – a estreia oficial de António Silva pela equipa principal foi a única mudança na equipa habitual. 

De regresso ao Bessa, o croata acabou por ser decisivo na partida. Musa conquistou ainda o penálti que permitiu a João Mário bisar e fixar o resultado final. Entre os dois golos, além das estreias de Ristic e Aursnes, o Benfica usou e abusou do ataque à profundidade, em virtude da subida das linhas axadrezadas e uma melhor capacidade de decisão no último terço podia ter transportado o marcador para números de goleada – a acontecer, seria demasiado pesado para o Boavista que se bateu bem.

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