Só precisamos de saber como jogou Di María para saber como jogou o Benfica. Hoje a resposta foi clara e agora segue-se o Sporting

8 jan, 21:37
Benfica-Sp. Braga (FOTO: Paulo Cunha/LUSA)

Argentino esteve em todas e coroou uma grande exibição em apenas meia parte. Isso fez com que o SC Braga que ganhou ao Benfica no fim de semana tenha parecido desta vez uma presa fácil

O adversário era o mesmo, até os equipamentos eram os mesmos, já que voltou a ser o SC Braga a utilizar o equipamento alternativo, tal como tinha feito no Estádio da Luz no fim de semana.

A diferença não é cromática, mas sim de tango, já que na meia-final da Taça da Liga se fez uma outra dança, nomeadamente por parte do melhor dançarino que pisou o relvado. Ángel Di María, quando bem, é outro nível. E desta vez esteve bem, muito bem.

Esse facto, ainda que não totalmente isolado, permitiu que também o Benfica estivesse bem, muito bem. Não é difícil perceber: o melhor Benfica será sempre aquele que permitir que exista o melhor Di María. E hoje foi assim.

De tal forma que até Vangelis Pavlidis, o homem que parece estar mesmo fora dela durante quase todo o jogo, conseguiu ser importante na manobra ofensiva - talvez Andreas Schjelderup não diga o mesmo, já que possivelmente lhe roubou um golo.

Numa grande combinação com Tomás Araújo pela direita, a rasgar o campo para assistir Álvaro Carreras na esquerda ou a aparecer qual matador na frente do guarda-redes, a primeira parte de Di María foi demoníaca. O homem que foi escudeiro de Lionel Messi no Campeonato do Mundo de 2022 ainda existe. Não aparece tantas vezes, mas existe e, quando aparece, fujam.

Dava mesmo para sentir que até o próprio argentino se sentia confiante no que fazia - veja-se um lance na segunda parte em que domina, toca no ar e ainda remata em volley. Seria de mais, até para ele, já que aquele seria um golo para entrar na história.

Ainda assim fica claramente na história de um jogo que foi ele a decidir. A diferença do Benfica - SC Braga do fim de semana para este passa, em grande parte, pela capacidade que Di María teve, pelo espaço que teve, pela forma como lhe permitiram - talvez até mais a própria equipa - que fizesse o seu jogo.

Segue-se um dérbi na final, já no sábado. Se do lado do Sporting nem sequer é preciso perguntar se Viktor Gyökeres está pronto para a luta, fica a dúvida: terá Di María pernas para voltar a fazer o que fez esta quarta-feira em Leiria? Se sim, o Benfica está sempre mais próximo de ganhar; se não, dificilmente conseguirá transpor um Sporting que ainda há pouco tempo se superiorizou em Alvalade.

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