Nos dois casos, as crianças já foram entregues às famílias após avaliação das autoridades
São dois casos distintos, separados por cerca de 20 quilómetros, com algo comum que está a inquietar a opinião pública. Na terça-feira, no espaço de poucas horas, foram encontrados dois bebés sozinhos em espaço público.
Em Odivelas, pelas 10:00, foi encontrada uma criança com cerca de três anos "a vaguear" junto à Escola Básica D. Dinis. A situação foi reportada por funcionários da escola, depois de perceberem que a menor não pertencia à instituição.
A PSP deslocou-se de imediato ao local, onde encontrou a criança em bom estado de saúde. Os agentes transportaram a criança ao colo até à esquadra, situada nas proximidades.
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Odivelas foi prontamente acionada e deslocou-se à esquadra para assumir a custódia da criança.
A menor foi entregue à mãe ao final do dia, depois de a progenitora ser localizada e de a CPCJ considerar que era seguro e que estavam reunidas as condições para a entrega.
A criança terá sido deixada na escola por engano por dois familiares que desconheciam o estabelecimento de ensino que a menor realmente frequentava. Para já, não têm estatuto de arguidos, mas o caso foi comunicado ao Ministério Público, que poderá abrir um inquérito por eventual crime de abandono.
No mesmo dia, por volta das 19:00, foi encontrado um bebé de seis meses dentro de um carrinho no Terminal de Cacilhas do Metro Sul do Tejo, em Almada. O alerta foi dado por populares, que não identificaram qualquer adulto responsável nas imediações.
Os agentes da PSP que se deslocaram ao local garantiram de imediato a segurança do bebé. Cerca de 20 minutos depois, os pais apareceram no terminal e explicaram às autoridades que, na pressa de sair do metro, se tinham esquecido do carrinho, onde o bebé permanecia.
Nas redes sociais, várias pessoas comentaram o incidente. “Eu vi a bebé a chorar ao colo de um agente PSP. Deve ter uns 6 meses, não sei. Foi uma imagem que me marcou e ficará em mim para sempre. A expressão do Sr. agente juntamente com o seu lado profissional foi bonito, enternecedor. Emocionei-me”, relatou uma testemunha.
O casal foi conduzido à esquadra, onde o bebé já se encontrava, para ser identificado. A criança foi entregue aos pais por não haver indícios de maus-tratos. No entanto, o caso foi comunicado à CPCJ de Almada e ao Ministério Público, que poderá abrir um inquérito por exposição ao perigo e abandono.