Mulher teve o filho na receção do hospital. Pai diz que a criança caiu de cabeça no chão depois do parto: "Estou indignado"
O inspetor-geral das atividades em Saúde, Carlos Caeiro Carapeto, adianta à CNN Portugal que vai abrir um processo de inquérito ao caso do bebé que nasceu na receção do Hospital de Gaia. Ao nascer, o bebé bateu com a cabeça no chão.
Fontes hospitalares garantem que o recém-nascido está bem, tendo ficado internado por estar com peso a menos. O bebé dever ter alta ainda esta terça-feira, diz à CNN Portugal fonte do hospital.
Um bebé nasceu no sábado na receção da urgência do Hospital Santos Silva, naquela que foi a segunda vez que a mãe se deslocou a este serviço, confirmou esta a Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho (ULSGE). O caso foi noticiado pela RTP.
O pai da criança já apresentou queixa "a várias entidades" porque queixa-se que o bebé caiu de cabeça no momento da expulsão, enquanto a mãe fazia a admissão. "O meu filho não levitou, caiu ao chão. Fui eu que depois fui lá pegar nele", revela o pai à CNN Portugal. "Toda a gente gritou por uma maca, a minha mulher implorou", acrescenta. "Estou indignado."
À Lusa, a administração da ULSGE rejeita que a grávida não tenha recebido assistência, descrevendo que, “num primeiro momento, foi assistida na sala de emergência”, um espaço “contíguo à área de receção constituído por médico e enfermeiros”.
A ULS admite que a grávida recorreu ao serviço de urgência do Santos Silva pelas 16:30, tendo sido feito um CTG (cardiotografia, exame que monitoriza a frequência cardíaca fetal e as contrações uterinas da mãe), “no qual se verificou que a utente não se encontrava em fase ativa de trabalho de parto, não sendo previsível uma alteração do quadro tão súbita”.
“Considerando a curta distância entre a residência e o hospital, menos de 10 minutos, e de acordo com as recomendações da Especialidade de Obstetrícia, aplicámos o procedimento habitual: indicação de regresso a casa, com retorno à urgência em caso de alterações no quadro clínico”, refere a ULSGE.
Segundo o hospital, às 19:59, quando regressou, “durante admissão, procedimento administrativo cuja duração é de três minutos, deu-se o parto, sendo que a grávida foi pronta e instantaneamente assistida pela equipa de emergência”, conclui.