Aconteceu em Espanha
Duas mulheres e um homem foram detidos por um caso de barriga de aluguer no Hospital Don Benito-Villanueva, em Badajoz, Espanha. De acordo com o El País, fontes da polícia nacional revelaram ter sido contactadas pelo serviço de emergência desse hospital, que reparou em discrepâncias relativas a uma paciente que entrou para dar à luz e as suas informações de filiação paterna.
A prática de barriga de aluguer é proibida em Espanha, o que significa que os pais que pretendem aceder a esse procedimento são obrigados a viajar para o exterior.
Na madrugada desta terça-feira, o homem de 42 anos dirigiu-se ao hospital com uma mulher de 28 anos, já em trabalho de parto. Entre contrações fortes, a mãe apresentou um cartão de saúde - com um nome romeno e que mais tarde se veio a comprovar não ser seu - para formalizar o seu internamento. O que acabou por ser decisivo para identificar o que se estava a passar foi a informação sobre a paciente ter sido submetida a uma operação de apendicite e, na sala de operação, não haver sinal de cicatriz no seu corpo.
O pai, num claro estado de nervosismo, não respondia de forma congruente às perguntas feitas tanto pelos médicos como, mais tarde, pela polícia. Não conseguiu esclarecer a razão para a sua alegada esposa não apresentar documentos originais na admissão, apenas fotocópia do cartão de saúde, nem para as informações descritas não se relacionarem com o exame físico, sendo que, além da apendicite, o cartão também referia que a paciente já tinha sido submetida a várias tentativas, sem sucesso, de fertilização in vitro.
Perante as confrontações, o pai acabou por admitir aos agentes da polícia que tinham pago 2000 euros na Roménia para comprar a guarda da criança, admitindo que a mulher internada não era, de facto, a sua mulher. Acabaram detidos.
Enquanto isto se passava, a esposa, de 43 anos, esperava em casa pelo filho. Mas foi a polícia que acabou por aparecer e levá-la para a esquadra.
Estão agora acusados de crimes como alteração de paternidade, falsificação de documentos e usurpação de identidade. Aguardam a decisão do tribunal de Don Benito para se decidir quem deve ficar com a guarda da criança.