Pequim confirma: segundo balão detetado pelos EUA a sobrevoar a América Latina é de origem chinesa

Agência Lusa , BC
6 fev 2023, 09:41

China garante que este segundo balão tem natureza civil e é usado para testes de voo. Presidente Joe Biden mandou abater no sábado um primeiro balão de vigilância chinês, com Pequim a acusar Washington de uso exagerado da força

O governo chinês disse esta segunda-feira que o balão avistado sobre a América Latina, e designado pelos Estados Unidos como um dispositivo de “vigilância”, tem origem na China, mas que é de “natureza civil”.

Os militares norte-americanos abateram, no sábado passado, por ordem do presidente norte-americano, Joe Biden, um primeiro balão chinês que sobrevoava os Estados Unidos há vários dias, provocando fortes críticas de Pequim.

No dia anterior, o departamento de Defesa dos Estados Unidos disse ter visto um segundo “balão de vigilância chinês” sobre a América Latina. A Colômbia anunciou, no fim de semana, que um balão sobrevoou o seu território.

“Verificamos que o balão não tripulado veio da China. É de natureza civil e é usado para testes de voo”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning.

“Devido ao efeito do clima e devido às suas limitações em termos de manobrabilidade, este balão desviou-se em muito da sua trajetória planeada, e foi parar ao espaço aéreo da América Latina e das Caraíbas”, afirmou Mao, em conferência de imprensa.

A porta-voz não especificou a qual entidade pertence o balão.

A Força Aérea colombiana disse que o balão foi detetado na sexta-feira de manhã e monitorizado até sair do espaço aéreo do país.

As autoridades militares do país sul-americano asseguraram que o dispositivo em momento algum “ameaçou” a segurança e a defesa do país. Não foram dados detalhes do seu paradeiro ou trajetória.

Os militares norte-americanos abateram, no sábado, ao largo da costa do estado da Carolina do Sul, no sudeste do país, o primeiro balão chinês, considerado pelo Pentágono como um dispositivo de espionagem.

A China disse que se tratava de um balão de uso civil e acusou os Estados Unidos de “exagerarem” ao usarem a força, reservando-se o direito de retaliar.

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