John Kirby, do Conselho de Segurança Nacional, adiantou que este objeto estava a ser observado pelo Departamento de Defesa há 24 horas e que representava uma ameaça à segurança do tráfego aéreo civil
Os Estados Unidos abateram esta sexta-feira um "objeto a grande altitude" que estaria a sobrevoar o estado do Alasca, confirmou John Kirby, do Conselho de Segurança Nacional, citado pela CNN Internacional.
"O objeto estava a voar a uma altitude de 40 mil pés [cerca de 12 quilómetros] e representava uma ameaça à segurança do tráfego aéreo civil. Por prudência, e por recomendação do Pentágono, o presidente Biden instruiu as forças armadas a derrubar o objeto. Este caiu nas nossas águas territoriais e essas águas estão agora congeladas", afirmou.
John Kirby adiantou que este objeto estava a ser observado pelo Departamento de Defesa há 24 horas. "Caças afetos ao Comando Norte dos Estados Unidos derrubaram o objeto na última hora", confirmou.
"Estamos a chamar a isto de 'objeto' porque é a melhor descrição que temos neste momento. Não sabemos a quem pertence, se é propriedade do Estado ou de empresas ou se é propriedade privada. Simplesmente não sabemos", prosseguiu, afirmando que se trata de um objeto do tamanho de um "pequeno carro". "Não temos nenhuma informação que confirme uma finalidade declarada para este objeto", afirma.
"Iremos lançar uma operação de recuperação dos destroços e temos esperança de que seja bem sucedida, para que possamos saber um pouco mais sobre o objeto", explicou o oficial.
Kirby confirmou que Biden esteve "bastante envolvido" no processo, e tomou a decisão após recomendação das mais altas patentes do Pentágono.
Pentágono ainda não tem detalhes sobre o objeto
Horas mais tarde, o porta-voz do Pentágono, o brigadeiro-general Patrick Ryder, confirmou as informações anteriormente avançadas por Kirby, e deu novos detalhes. Ryder revelou que o objeto foi abatido por um caça F-22 às 18:45 de Portugal Continental com recurso a um míssil Sidewinder. O porta-voz informou também que não existem indícios de que o objeto era manobrável à distância, que não se sabe qual o seu ponto de origem e qual a velocidade a que circulava no momento em que foi abatido.
"O objeto não era uma aeronave, por assim dizer", esclareceu Patrick Ryder.
