"Bad Bunny Baby" pode custar mais de 40 milhões de euros ao rapper. A exigência é da ex-namorada

CNN Portugal , MCP
21 mar 2023, 22:53
Bad Bunny (foto: Getty Images)

Produtora do cantor latino tentou obter os direitos da voz de Carliz, mas a jovem não aceitou a oferta de cerca de 20 mil euros

A ex-namorada do rapper e cantor latino Bad Bunny está a processá-lo em mais de 40 milhões de euros por “uso não autorizado” da sua voz na expressão “Bad Bunny Baby”. 

Carliz de La Cruz Hernández queixou-se, a um tribunal porto-riquenho, de não ter dado permissão a Benito Martínez Ocasio, o nome real de Bad bunny, para utilizar a sua voz.

“Bad Bunny Baby” é o som que os fãs identificam na música “Pa ti”, que tem mais de 350 milhões de visualizações no YouTube e mais de 235 milhões de reproduções no Spotify, e na música “Dos Mil 16”, que tem mais de 16 milhões de visualizações no YouTube e 280 milhões de reproduções no Spotify, em concertos e promoções do artista.

O fácil reconhecimento da voz de Carliz tem-lhe causado “preocupação, ansiedade e sobrecarga", de acordo com o processo, segundo o The Guardian.

A história do ex-casal teve início em 2011, ainda Bad Bunny era apenas Benito Martinez, um jovem de 17 anos a estudar comunicação audiovisual e a trabalhar num supermercado. Carliz também trabalhava e morava com ele. No dia 1 de janeiro de 2016, Benito e Carliz ficaram noivos, programando o casamento para julho do mesmo ano. Mas o enlace não aconteceu. Em abril, ela entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Porto Rico e ele foi contratado pela Rimas Entertainment LLC. "Isso levou a que, em maio, terminassem o relacionamento”, consta no processo.

 

Benito e Carliz de La Cruz no início de namoro (foto: facebook)
Benito Martinez e Carliz de La Cruz no início de namoro (foto: facebook)

Nma das músicas em causa, “Dos mil 16”, a letra remete exatamente para o ano do pedido de casamento e explicita o desejo de Bad Bunny de reviver momentos com a namorada que tinha nessa altura.

Apesar da melancolia romântica, na noite anterior ao lançamento do álbum, a gravadora do cantor pressionou Carliz de La Cruz para assinar um contrato para transferir os direitos da gravação. Davam 20 mil euros pelo acordo, segundo o jornal Noticel, de Porto Rico. A jovem não aceitou e, ainda assim, a música com a sua voz foi lançada.

A ação em tribunal é o primeiro relato formal sobre a relação dos dois e sobre os esforços à última hora da produtora para receber os direitos.

Este processo iniciou-se quase um ano depois da mulher do empresário de Bad Bunny, Noah Kamil Assad Byrne, ter processado o ex-marido argumentando ter direito a parte da Rimas, entre outros bens, por durante o tempo em que foram casados ter ajudado a criar a produtora e a construir a carreira musical. Ao contrário deste caso, Carliz não reivindica a propriedade de canções que ajudou a criar com o ex-namorado ou que levaram a contratos do início de carreira de Bad Bunny.

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