O volume de água armazenado desceu no final de maio em 10 bacias hidrográficas e subiu em duas, comparativamente ao mês anterior, segundo dados do Sistema Nacional de Informação dos recursos Hídricos (SNIRH).
Das 58 albufeiras monitorizadas - a cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira - 30 apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e sete inferiores a 40%.
A bacia do Barlavento algarvio, com 12,7%, apresentava no final de maio a menor quantidade de água armazenada, do global, tal como sucede há mais de um ano.
A média de armazenamento para o mês de maio na bacia do Barlavento é de 74,3%, segundo o SNIRH.
Na quinta-feira, o ministro do Ambiente e da Ação, Duarte Cordeiro, disse que Portugal continental tinha no fim de maio 36% do território em seca severa ou extrema, incidindo especialmente no sul do país.
Citando dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Duarte Cordeiro precisou que a 30 de maio 28% do território estava em seca severa e 8% em seca extrema, afetando especialmente as zonas do vale do Tejo e sul do país.
O ministro, que falava em conferência de imprensa após uma reunião da comissão de acompanhamento dos efeitos da seca, adiantou que no mês de maio a precipitação foi 35% abaixo do normal, e alertou para “níveis críticos” de água no solo especialmente no sul de Portugal.
Em relação à capacidade das albufeiras, de acordo com os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) citados pelo ministro, a situação é melhor do que em igual período do ano passado, quando as albufeiras estavam a 65% da capacidade, em contraponto com os 79% de agora.
Exceção, disse depois, para algumas albufeiras do sul.
De acordo com os dados do SNIRH disponíveis esta sexta-feira, com menor disponibilidade de água estavam no final de maio também as bacias do Mira (34,9%) e Arade (37,1%).
Já as bacias do Lima (85,4%), Mondego (84,4%), Tejo (84,2%), Ave (82,3%), Cávado (81,6%), Douro (81,5%), Guadiana (78,5%), Oeste (73,2%) e Oeste (56,7%) eram as que tinham os níveis mais elevados.
Os armazenamentos de maio de 2023 por bacia hidrográfica apresentaram-se superiores às médias de armazenamento de maio (1990/91 a 2021/22), exceto para as bacias do Mondego, Sado, Guadiana, Mira, Ribeiras do Algarve e Arade.