Bebé resgatada dos escombros levada para "localização segura" para evitar tentativas de rapto e fraude na adoção

16 fev 2023, 09:11
Bebé resgatada com vida nos escombros na Síria (AP)

Decisão surge depois de um administrador da unidade de saúde onde a bebé estava internada ter sido violentamente agredido por um enfermeiro e dois homens armados

Aya, a bebé resgatada dos escombros do sismo que abalou a Turquia e a Síria, foi levada para uma "localização segura" pelas autoridades de saúde para evitar tentativas de rapto e fraude na adoção, avança a BBC

A medida, que as autoridades dizem ser apenas de precaução, surge depois de um violento incidente no hospital onde a bebé se encontrava. Um enfermeiro, acompanhado por dois homens armados, terá agredido um administrador da unidade de saúde, mas o responsável negou que se tivesse tratado de uma tentativa de rapto de Aya.

"As alegações de rapto foram um mal-entendido. Tratou-se de uma questão totalmente interna do hospital e não teve qualquer ligação com a bebé", afirmou Ahmad Hajj Hassan.

Apesar da garantia do médico, a bebé acabou por ser transferida de unidade de saúde. O jornal The Guardian avança que o tio-avô de Aya tenciona adotá-la assim que a bebé tiver alta do hospital.

Até esse momento, a bebé está aos cuidados do diretor do hospital, Khalid Attiah, que já garantiu que apesar de ter recebido dezenas de chamadas de voluntários para adotar Aya, não o vai autorizar. 

"Não vou autorizar que ninguém a adote neste momento. Até que a família distante regresse, vou cuidar dela como se fosse minha", afirmou Attiah, que tem uma filha de quatro meses e cuja mulher está a amamentar Aya. 

O número de mortos no sismo que atingiu o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para mais de 42 mil, de acordo com um novo balanço provisório divulgado esta quinta-feira.

Na Turquia, o mais recente balanço regista mais de 36.187 mortos, de acordo com os números divulgados pela agência turca de emergência e desastres. Já na Síria foram, até agora, registadas mais de 5.814 mortes, a maior parte nas áreas controladas pelos rebeldes, de acordo com a Reuters.

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