Nenê prepara o regresso à Liga, desta feita na Vila das Aves. Ao Maisfutebol, o avançado aponta às ideias de Vítor Campelos, timoneiro que conheceu no Moreirense, e ao papel decisivo dos adeptos - Parte II
A planear o futuro, mas sem pressa para escrever o derradeiro capítulo, Nenê prepara o regresso à Liga, quatro anos depois. A poucos dias de completar 41 anos – o que acontecerá no próximo domingo – o avançado prepara-se para vestir de vermelho e branco no principal palco do futebol português.
Antes, vestiu de verde, preto e branco, ora pelo Moreirense, ora pelo Nacional.
De modo a projetar o ano 21 da carreira profissional, Nenê desvendou, ao Maisfutebol, metas individuais e coletivas, e salienta o crescimento da equipa sob ordens de Vítor Campelos, sucessor de Jorge Costa no comando técnico do AVS.
Leia também:
I – Nenê e a subida do AVS: «Com Jorge Costa, o tempo trará sucesso»
III – «Estou grato a Manuel Machado, que me deu a oportunidade de jogar na Europa»
Maisfutebol – Este estádio, na Vila das Aves, encheu no play-off de promoção, ante o Portimonense. Durante a época foi mais complicado atrair adeptos. Sente que o fator «Liga» mudará o panorama?
Nenê – Acredito que sim. Quando chegamos de Vila Franca de Xira, os adeptos levaram o seu tempo para se habituarem. Mas, contra o Portimonense, ver o estádio cheio foi maravilhoso. Jogando na Liga, acredito que o estádio estará bem composto. E devemos agradecer o apoio que recebemos ao longo do último ano.
MF – Benny, nome incontornável do último ano, reforçou o Moreirense. Está a poucos quilómetros de vocês. Fica um amigo, mais do que um futuro rival?
N.N – Foi um amigo também fora do campo e a amizade ficará para sempre. A equipa ficou na história. Levo-o como amigo, sei que posso contar com ele e vice-versa.
MF – Conhece bem Moreira de Cónegos, jogou lá duas épocas, entre 2018 e 2020, e trabalhou com Vítor Campelos. Quem é este treinador?
N.N – É um grande profissional. Trabalhei com ele no Moreirense e acompanhei o sucesso de Vítor Campelos no Desp. Chaves. Depois teve dificuldades no Gil Vicente, mas é um grande treinador, com boas ideias, que cresce a cada dia. Estou confiante no trabalho que desempenhará connosco.
MF – Nesta equipa do AVS, com quem mais gosta de jogar?
N.N – Não tenho um favorito. Mas destacaria o Luís Silva, o Jonatan Lucca, o Léo Alaba e o Pedro Trigueira, jogadores mais experientes, que ajudam a transmitir a informação aos mais jovens.
MF – Quanto à Liga, alguma equipa que queira defrontar em particular?
N.N – Qualquer equipa será difícil, porque contam com elementos que já se conhecem de muitas épocas. Mas, devemos tentar ganhar o máximo de jogos, a fim de garantir a manutenção.
MF – Em duas temporadas pelo Vilafranquense, na II Liga, marcou 33 golos em 64 jogos. Na última época, pelo AVS, fez 25 golos em 39 jogos – igualando o máximo da carreira, em 2008/09, pelo Nacional – coroando-se como o melhor marcador da II Liga, com 23 golos. Então, quais os objetivos para a nova temporada?
N.N – Devemos tentar melhorar, sempre. O segundo ano no Vilafranquense foi melhor do que o primeiro. Depois, vim para a Vila das Aves e continuei a melhorar. Claro que a Liga será mais difícil. Mas, a meta será atingir os 12 golos no campeonato.
MF – Que palavra resumirá a próxima época?
N.N. – Superação. O AVS está a construir o plantel, com juventude. Para atingir o nosso objetivo, superação terá de ser a palavra. A equipa merece estar neste patamar.