Lisboa: após ficar atrás do Chega por três votos, CDU diz "não ter a certeza que o processo esteja finalizado"

Agência Lusa , HCL
18 out, 19:34
Paulo Raimundo (João Relvas/Lusa)

“Vamos ver o que é que isto vai dar ainda”, afirmou o secretário-geral comunista

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse hoje no Porto não ter a certeza de que o processo de apuramento dos votos para a Câmara de Lisboa esteja finalizado, sendo intenção do partido analisar as considerações tidas em conta.

“O apuramento geral está finalizado, não tenho a certeza que o processo esteja finalizado. Portanto, estamos a avaliar agora também, quer os números, quer os relatórios”, começou por responder o líder comunista em declarações aos jornalistas no final de um comício.

Questionado pela Lusa sobre porque não tem a certeza que o processo esteja finalizado, Paulo Raimundo respondeu que o partido está agora a analisar, lembrando que o anúncio foi feito já hoje e que “não é só um programa de números, é também um programa de considerações sobre os números”.

“Estamos a ver todas as possibilidades que existem para, se entendermos, o processo não terminar hoje”.

O Chega obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três que a CDU confirmando o segundo vereador.

Paulo Raimundo lembrou “as circunstâncias” em que CDU concorreu em Lisboa, conseguindo subir na votação: “subimos mais 1.780 votos do que nas últimas eleições. Devíamos ter subido mais 1.800 pelo menos e tínhamos esse problema resolvido”.

“Vamos ver o que é que isto vai dar ainda”, continuou o secretário-geral comunista.

No discurso, que durou quase meia hora, Paulo Raimundo afirmou o PCP como o “único instrumento de resistência e ao serviço da juventude contra a ofensiva que está aí a surgir com todos os meios”, numa alusão ao pacote laboral que o Governo está a preparar e contra o qual foi já marcada uma marcha nacional para 08 de novembro.

Paulo Raimundo mandou também um recado para a União Europeia, a quem lembrou ser Portugal “um país soberano” e que, por causa disso, não aceitam que venham dizer “como se deve gerir a Segurança Social no pais”, enfatizando que a receita vem do trabalho das pessoas.

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