Líder do CDS - que também é ministro da Defesa - diz que está "focado no que interessa as pessoas" - "as autárquicas"
O presidente do CDS-PP disse em Ponte de Lima que não vai “dar mais para o peditório” do que apelidou “número” dos ativistas portugueses da flotilha humanitária e aconselhou-os a concentrar-se nas eleições autárquicas.
“Não vou dar mais para esse peditório. Os ativistas já fizeram o seu número, já pararam em Ibiza, já pararam na Tunísia, chegaram a Israel, passados dois dias foram devolvidos a casa. Já fizeram a sua coisa panfletária. Não resolveram nada do ponto de vista humanitário”, afirmou Nuno Melo durante uma visita à feira quinzenal de Ponte de Lima.
Os quatro portugueses que fizeram parte da flotilha humanitária Global Sumud, incluindo a líder do BE, Mariana Mortágua, e que foram detidos pelas forças israelitas aterraram cerca das 22:30 de domingo, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Para o líder do CDS-PP, os ativistas portugueses devem concentrar-se, “também, um pouquinho nas eleições autárquicas” (…) “importantíssimas para o povo português, não para o outro lado do Mediterrâneo”.
“É aqui mesmo, em Portugal. Por isso estou focado nas autárquicas locais, no que interessa às pessoas. Conquistar mandatos e a colocar o CDS-PP ao serviço do povo português. É isso que estamos a fazer todos os dias. De resto não temos de contribuir mais para as campanhas panfletárias do Bloco de Esquerda. Há muito quem o faça, eu não vou fazer mais”, afirmou Nuno Melo, ladeado por Vasco Ferraz, candidato do CDS-PP à Câmara de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.
Questionado pelos jornalistas sobre as afirmações, no domingo, do ex-ministro das Finanças de que o Governo está a retroceder os direitos dos trabalhadores, o líder do CDS-PP disse que os socialistas “não aprenderam nada com as últimas eleições legislativas”.
Nuno Melo apontou “o desemprego que desceu, a dívida diminuiu, crescimento, ‘superávites’, e a resolver, todos os dias problemas sociais muito importantes”.
“Esta é a realidade. Depois podem confabular o que quiserem, mas por alguma razão o PS caiu para terceira força política em Portugal”
Para o líder do CDS-PP “seria importante” que o PS “aprendesse com os erros e se focassem no essencial”.
“Bem sei que estamos em campanha eleitoral e em campanha eleitoral as pessoas têm de arranjar motivos para argumentar as suas diferenças. Eu, no caso do PS, escolhia outras”.