Governo condena "movimentações armadas" contra as autoridades legítimas da Guiné-Bissau

Agência Lusa
1 fev 2022, 17:40
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva

Ministro Augusto Santos Silva manifesta repúdio e condenação destas ações e sublinha que não há notícia de qualquer português afetado

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenou esta terça-feira as "movimentações armadas" que decorrem em Bissau e salientou que não há notícia de qualquer problema entre os portugueses no país.

Há movimentações armadas em Bissau que se dirigem contra as autoridades legítimas da Guiné-Bissau, o Presidente e o Governo, e Portugal condena qualquer tentativa de, pela violência, impedir o normal funcionamento dos órgãos de soberania da Guiné-Bissau, nos termos da Constituição", disse Santos Silva em declarações à Lusa.

O governante mostrou "grande preocupação com o que se está a passar", mas disse que entre os portugueses na capital guineense não há registo de qualquer problema e acrescentou que o avião que saiu de Bissau esta manhã descolou em segurança e sem qualquer incidente.

O avião da TAP descolou ao final da manhã em segurança, os portugueses estão calmos e não temos notícia de qualquer nervosismo, não tenho registo de qualquer intranquilidade, para além da intranquilidade que todos sentimos quando há tiros na rua e uma ação armada", disse o ministro.

Portugal, concluiu, mostra "repúdio e condenação destas ações contra autoridades legítimas da Guiné-Bissau, e apela a que cessem de imediato, porque a violência contra o Governo e o Presidente é sempre absolutamente condenável".

Desde a hora do almoço, já tinham sido ouvidos tiros de bazuca e rajadas de metralhadora junto ao palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Num perímetro de cerca de 500 metros à volta do edifício, os militares colocaram barreiras para impedir o acesso da população à zona, onde também não circulam carros.

Segundo testemunhas contactadas pela Lusa, perto do Palácio da Justiça está uma brigada de intervenção e vários militares e elementos das forças de segurança, um sinal de golpe de Estado em curso.

Homens armados impedem também o acesso à zona do Palácio Presidencial em Bissau.

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